terça-feira, 3 de dezembro de 2024

O “K9” brasileiro que no Benfica foi zero. Quem se lembra de Keirrison?

Keirrison não foi além de sete jogos e zero golos pelo Benfica
Um daqueles casos em que o jogador atinge o período de maior notoriedade na carreira quando ainda era considerado uma promessa.
 
Keirrison despontou no Coritiba, tendo amealhado 65 golos em 122 jogos pelo clube entre 2006 e 2008, contribuindo para a conquista da Série B em 2007 e do campeonato paranaense no ano seguinte. Em 2008 foi mesmo o melhor marcador do Brasileirão, com 21 golos, os mesmos de Kléber Pereira (Santos) e Washington (Fluminense). Paralelamente, em dezembro de 2007 chegou a ser convocado pelo selecionador Dunga para um jogo não oficial da seleção brasileira diante de uma seleção do Brasileirão, que visava testar jogadores para os Jogos Olímpicos de Pequim.
 
 
Em janeiro de 2009, “K9” deu o primeiro salto da carreira, para o Palmeiras, e a resposta foi positiva, com 16 golos nos primeiros 14 jogos pelo verdão.
 
O início de carreira estava a ser tão promissor que rapidamente entraram em cena os gigantes europeus. Acabou por ser o Barcelona a contratá-lo, no final de junho de 2009, por cerca de 15 milhões de euros.
 
 
Porém, não chegou a disputar um único jogo pelos catalães, tendo sido imediatamente emprestado ao Benfica, na altura orientado por Jorge Jesus, que sempre revelou ser um bom conhecedor dos talentos emergentes do Brasileirão. Contudo, Keirrison não se afirmou minimamente na Luz, acabando por se despedir ao fim de meia época depois de sete jogos e zero golos, numa altura em que até já estava a treinar à parte. Ainda assim, foi campeão nacional nessa temporada de 2009-10.
 
“Como é lógico gostaria de ter jogado um pouco mais, mas nessa época havia vários avançados em bom momento. Creio que isso também dificultou um pouco. Mas durante esse tempo tentei aprender algumas coisas com o treinador e com os outros jogadores. Queremos sempre mais, mas na vida e no trabalho as coisas não acontecem sempre da forma que imaginamos. Ainda assim, foram momentos bons. Evolui enquanto profissional dentro de campo. Foi uma passagem interessante. Agradeço muito o que vivi lá”, recordou em fevereiro de 2017, em declarações à ESPN Brasil.
 
 
A passagem pelo Benfica foi a primeira de várias aventuras não bem-sucedidas na carreira do avançado brasileiro, que logo a seguir foi emprestado à Fiorentina, não indo além de dois golos em 12 partidas.
 
 
Seguiu-se o Santos. Em 2011 até venceu a Libertadores pelo peixe, ao lado de Neymar, mas viu os jogos da final e das meias-finais a partir do banco, antes de uma passagem também infeliz pelo Cruzeiro.
 
 
Já com problemas no joelho esquerdo, regressou ao Coritiba em 2012, mas teve de esperar até 20 de outubro de 2013 para voltar a marcar um golo, algo que já não acontecia há dois anos e 15 dias.

O insucesso continuou na fase final da carreira, quando representou Londrina em duas ocasiões distintas, voltou a Portugal para vestir a camisola do Arouca, regressou uma vez mais ao Coritiba e jogou pelos norte-americanos do Palm Beach Stars. Em novembro de 2015 viveu o que ninguém deveria experienciar, a morte de um filho, o pequeno Henri, que tinha apenas dois anos, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória. 



 




 

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