O Capitão América que se impunha nos céus de Alvalade. Quem se lembra de Onyewu?

Onyewu apontou cinco golos em 31 jogos pelo Sporting

Poderosíssimo fisicamente (1,93 m e 95 quilos), imperial no jogo aéreo, algo duro de rins e recheado de problemas físicos. Assim era o central internacional norte-americano Oguchi Onyewu, apelidado de “Capitão América” pelos adeptos do Sporting, clube que representou em 2011-12.

 
Filho de nigerianos radicados nos Estados Unidos, desenvolveu-se no futebol universitário norte-americano até assinar pelos franceses do Metz em 2002. Depois de uma passagem pelo La Louvière, afirmou-se verdadeiramente no futebol europeu ao serviço do Standard Liège entre 2004 e 2009, tendo sido nomeado para melhor onze do ano e eleito jogador estrangeiro do ano do campeonato belga em 2005. Durante esse período foi bicampeão da Bélgica (2007-08 e 2008-09) e teve uma curta passagem pelo Newcastle, por empréstimo, no primeiro semestre de 2007. Por essa altura chegou a ser observado pelo FC Porto.
 
Valorizado, deu o salto para o AC Milan, mas não foi além de um jogo em dois anos, devido a uma grave lesão num joelho sofrida ao longo da seleção nacional. Ainda assim, esteve em destaque em novembro de 2010 quando se envolveu numa luta com o companheiro de equipa Zlatan Ibrahimovic durante um treino dos rossoneri, com o internacional norte-americano a confrontar o sueco após sofrer uma entrada dura. “Estivemos perto de nos matar um ao outro. Aconteceu num jogo em Milanello. Chocámos e acabámos por nos envolver numa luta. Parti uma costela, mas o assunto foi abafado pelo Milan”, contou o ponta de lança na sua biografia.
 
Após um empréstimo aos neerlandeses do Twente, assinou pelo Sporting no verão de 2011 a custo zero, como um dos primeiros reforços da era Godinho Lopes e Domingos Paciência. Rapidamente assumiu a titularidade no eixo defensivo, estatuto que apenas perdeu devido a lesão. Durante a época 2011-12 disputou 31 jogos, apontou cinco golos e ajudou os leões a chegar à final da Taça de Portugal e às meias-finais da Liga Europa.
 
Apesar de ter conquistado a simpatia dos adeptos, foi dispensado por Ricardo Sá Pinto depois das contratações de Khalid Boulahrouz e Marcos Rojo, tendo sido emprestado aos espanhóis do Málaga e posteriormente chegado a acordo para rescindir contrato, após saber que não entrava nos planos de Leonardo Jardim para 2013-14. “Jogar no Sporting foi uma experiência soberba”, afirmou na hora da despedida.
 

 

Paralelamente, somou 69 internacionalizações e seis golos pela seleção dos Estados Unidos, tendo marcado presença nos Mundiais de 2006 e 2010, nas Gold Cup de 2005, 2007, 2011 e 2013 e na Taça das Confederações de 2009.