sábado, 5 de agosto de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Sporting e Everton

Liedson foge a Baines no jogo de Goodison Park
Não havia muito por onde escolher. Os dois primeiros jogos de que me recordo entre Sporting e Everton foram os únicos que se realizaram até ao momento e foram referentes aos oitavos de final da Liga Europa em 2009-10.
 
Na altura, e depois de uma série de sete vitórias consecutivas entre 19 de dezembro de 2009 e 24 de janeiro de 2010, os leões então orientados por Carlos Carvalhal mergulharam numa onda negativa que, até ao encontro da primeira-mão, em Goodison Park, era de seis jogos sem vencer (cinco derrotas seguidas e um empate).
 
Em Liverpool, uma equipa onde pontificavam nomes como Rui Patrício, Pedro Mendes, Miguel Veloso, Marat Izmailov, Matías Fernández, João Moutinho e Liedson deu seguimento a essa sequência negativa diante da turma de David Moyes, que tinha no plantel jogadores internacionais como o guarda-redes norte-americano Tim Howard, os laterais ingleses Phil Neville e Leighton Baines, o médio ofensivo sul-africano Steven Pienaar, o atacante norte-americano Landon Donovan, o avançado francês Louis Saha e o avançado australiano Tim Cahill. No entanto, o 2-1 final não foi mau de todo…



 
O Everton chegou ao golo aos 35 minutos, com Cahill, de calcanhar, a servir Pienaar, que disparou para o fundo das redes leoninas. No início do segundo tempo, e na sequência de um canto, Cahill choca com Patrício e tira o guarda-redes da jogada, com a bola a sobrar para Distin, que fez o 2-0 (49’). Contudo, ao cair do pano Liedson roubou a bola a Distin e acabou derrubado pelo central francês na área dos toffees, dando origem a uma grande penalidade que haveria de ser convertida por Miguel Veloso (87’).
 
“Em pouco mais de duas semanas, o Sporting comprometeu em definitivo as três competições domésticas em que estava envolvido e, ontem, ante o Everton, nova derrota podia precipitar uma saída sem glória da Liga Europa, reduzindo os objetivos da época à tentativa de manutenção do quarto lugar no campeonato. O leque esteve quase completo, e de forma que seria clara, diga-se, não fora a capacidade de Liedson para subverter a lógica. O 31 conquistou, do nada, uma grande penalidade que permite abordar a segunda mão, em Alvalade, com alguma dose de esperança – é difícil usar o termo ‘otimismo’ com uma equipa que perdeu cinco dos últimos seis encontros, sem vencer nenhum”, escreveu o jornal O Jogo.
 
 
 
Ao jogo da segunda-mão, em Alvalade, o Sporting chegou numa série de sete jogos sem vencer (cinco derrotas e dois empates). Mas quebrou esse ciclo negativo com uma vitória contundente sobre o Everton, por 3-0.
 
Todos os golos foram marcados na segunda parte. Aos 64 minutos, o recém-entrado Carlos Saleiro serviu Miguel Veloso para o 1-0. Aos 77’, Pedro Mendes disparou de fora da área para o segundo golo, a passe de Izmailov. E ao cair do pano, Matías Fernández sentenciou o resultado na sequência de uma brilhante jogada individual (90+4’).
 
“Sete jogos sem vencer eram um mau cartão-de-visita para um Sporting que pretendia manter-se vivo na tentativa de conquista do único troféu que pode levantar na presente época, mas a resposta dada diante do Everton permitiu-lhe pôr fim a tão negativa série e devolver o orgulho perdido às bancadas de Alvalade. O Everton pagou com juros a fúria de um leão ressuscitado, num grande jogo de futebol que coloca a formação verde e branca nos oitavos-de-final da Liga Europa. A receita para este sucesso estava longe de ser secreta, pois residia numa abordagem completamente diferente nos planos psicológico e estratégico. Ao contrário do que sucedeu em Inglaterra, este Sporting mostrou desde os primeiros minutos uma vontade férrea demandar no jogo. Procurou a bola, quis tê-la na sua posse, usou-a para minuto após minuto ostentar a sua superioridade sobre o Everton e, quando assim é, as qualidades individuais dos seus elementos – e sim, quase nos conseguimos esquecer disso, mas há nesta equipa alguns jogadores de eleição – ganham espaço para marcar a diferença. Raça, intensidade, agressividade e dinâmica são conceitos que só a espaços podiam ser identificados com a versão 2009-10 do emblema verde e branco, mas surgiram ontem nas doses adequadas à necessidade de regressar aos triunfos”, podia ler-se no jornal O Jogo.
 
 









 

2 comentários:

  1. Não há o raio de uma memória de um jogo do Benfica.
    Podia publicar "A minha primeira memória de um jogo entre o Feynord e o Benfica".
    Foi há uma semana. Ainda não deve estar esquecido

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