domingo, 28 de maio de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Chelsea e Newcastle

Michael Ballack abriu o ativo através de um cabeceamento certeiro
Se me lembro do Newcastle-Chelsea de 5 de maio de 2008, não foi por um golo, nem pela consequência do jogo e nem sequer por um momento trágico, mas por uma situação algo caricata no seio de uma equipa de topo: após sofrer duas quedas que o deixaram maltratado das costas, Ricardo Carvalho pediu a substituição e acabou mesmo por sair… apesar da insistência do capitão John Terry, que queria que o central português ficasse em campo durante os últimos dez minutos da partida no St. James Park.
 
Na verdade, só me recordava de ter ligado a televisão nessa tarde de segunda-feira após ter saído da escola – na altura andava no 10.º ano – e ter dado uma vista de olhos pelo jogo, que os londrinos iam vencendo, provavelmente antes de me meter a jogar PlayStation.
 
Mas recordemos um pouco os contornos deste encontro, a contar para a 37.ª e penúltima jornada da Premier League em 2007-08. O Chelsea de Avram Grant, que tinha substituído José Mourinho ainda na primeira metade da época, recuperou depois de um arranque de campeonato em falso e entrou nessa ronda com os mesmos 81 pontos que o Manchester United, que tinha vantagem devido à diferença de golos. Os red devils golearam o West Ham no sábado (4-1), mas dois dias depois voltaram a ser igualdados pelos blues, que viriam a triunfar no terreno do Newcastle (2-0).
 
O primeiro golo dos londrinos no St. James Park foi marcado à passagem da hora de jogo, por intermédio do médio alemão Michael Ballack, que de cabeça deu a melhor sequência a um livre lateral executado por Drogba a partir da direita (60’). E já depois de Ricardo Carvalho ter sido substituído pelo brasileiro Alex, Frank Malouda fez o segundo golo, a passe de Frank Lampard, que nesse encontro foi suplente utilizado (82’).
 
“Atendendo ao passado recente de despiques entre estas equipas – os magpies já não eram derrotados em casa desde 2001 – e ao facto de os homens de Kevin Keegan não terem perdido nas sete rondas anteriores, este jogo não se adivinhava nada fácil para a equipa de Avram Grant. E na verdade não o foi. Especialmente na primeira parte, na qual o Newcastle aproveitou bem a ausência de entusiasmo por parte dos visitantes para criar as melhores ocasiões de golo. Tudo mudou a partir do intervalo, com o Chelsea a imprimir um ritmo mais vivo às suas ações ofensivas e a não deixar os locais construírem. A trave ainda evitou que Terry festejasse na sequência de um lance de bola parada, mas este foi apenas o aviso para o que o haveria de suceder volvidos alguns minutos, e que deu ao alemão Ballack a possibilidade de apontar o terceiro golo – leva sete na prova - em duas jornadas consecutivas. Até ao final Malouda ainda viria a vincar ainda mais a boa fase que o Chelsea atravessa, fazendo o 2-0, mas o 13º triunfo destes longe de Stamford Bridge já há muito estava confirmado”, escreveu o jornal O Jogo na edição do dia seguinte, indicando ainda que Ricardo Carvalho somou o 42.º jogo consecutivo na Premier League sem sofrer qualquer derrota.
 
 




 
 







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