A minha primeira memória de… um jogo entre Real Madrid e Osasuna

Merengue Cristiano Ronaldo ganha nas alturas a Lolo

O Osasuna é daqueles clubes que, mesmo sem temporadas de grande transcendência, me habituei a ver entre a elite do futebol espanhol, tendo marcado presença ininterrupta em La Liga entre 2000-01 e 2013-14. Nesse período o melhor que conseguiram foi um surpreendente quarto lugar no campeonato em 2005-06 – à frente do Sevilha vencedor da Taça UEFA, do Villarreal de Riquelme e companhia, do Deportivo da Corunha e do Atlético Madrid, entre outros. Em 2004-05 o conjunto de Pamplona foi finalista vencido da Taça do Rei e em 2006-07 chegou às meias-finais da Taça UEFA.

 

Em 2011-12, numa das melhores épocas no século XXI – sétimo lugar na Liga Espanhola –, da formação de Navarra foi o Santiago Bernabéu ser atropelada pelo Real Madrid de José Mourinho, Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão. 7-1 foi o resultado final. Semanas antes, o Osasuna tinha sido goleado por 8-0 em Camp Nou.

 

Orientados por José Luis Mendilibar, os rojos apresentaram-se na capital com nove jogadores espanhóis no onze, mas nenhum internacional AA – o médio Raúl Garcia apenas se haveria de estrear em 2014. Os estrangeiros eram o médio defensivo iraniano Javad Nekounam e o extremo senegalês Ibrahima Baldé, este último ainda não internacional AA pelo seu país.

 

Cristiano Ronaldo abriu o ativo aos 23 minutos, na resposta a um cruzamento milimétrico de Di María. Ibrahima Baldé empatou aos 31’, a passe de Raúl García, mas Pepe voltou a dar vantagem aos merengues pouco depois, após mais grande cruzamento de Di María (35’). E ainda antes do intervalo surgiu o hat trick de assistências para o extremo argentino, que serviu Higuaín para o 3-1 (40’).

 

No segundo tempo só deu Real Madrid, apesar de o endiabrado Di María se ter lesionado. Ronaldo bisou aos 54’, na conversão de uma grande penalidade a castigar falta de Satrústegui sobre Ozil e completou o hat trick aos 58’, na sequência de um cruzamento de Arbeloa. Entretanto, o recém-entrado Benzema fez o 5-1 após cruzamento de Coentrão (63’) e estabeleceu o resultado final a passe de Arbeloa (81’).

 

Numa crónica redigida para este blogue elogiei o “grande momento de forma” do Real Madrid, os “jogadores completíssimos” de que José Mourinho dispunha “da defesa ao ataque” e a disciplina tática da equipa, considerando até que o resultado volumoso teve muito mais mérito dos merengues do que demérito dos de Pamplona.