quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica e Ajax

Drulovic capitaneou Benfica frente ao Ajax
Já não me recordo se o motivo foi o antigo Estádio da Luz estar a dar as últimas ou se era uma forma de compensar os benfiquistas por quase dois anos e meio sem jogos nas competições europeias, mas no final de janeiro de 2003 o Benfica avançou para um conjunto de dois jogos amigáveis, apelidando os mesmos de “regresso das grandes noites europeias”.
 
No dia 22, uma quarta-feira, as águias receberam o Ajax – uma semana depois, o visitante de serviço foi o Barcelona. Embora fosse um jogo particular, ambas as equipas apresentaram vários habituais titulares no onze: Petit, Geovanni e Simão do lado lisboeta; Lobont, Trabelsi, Chivu, Van Der Meyde, Pienaar, Maxwell, Ibrahimovic e Mido na formação de Amesterdão, então orientada por Ronald Koeman – que dois anos e meio depois haveria de chegar ao comando técnico do Benfica.
 
Numa partida em que as duas equipas não arriscaram muito nos duelos, mas apresentaram bom futebol, registou-se um empate a um golo. Depois de 72 minutos com as balizas invioladas, Ricardo Rocha inaugurou o marcador, na resposta a um livre marcado na direita por Drulovic. E já ao cair do pano, aos 87’, um tal de Zlatan Ibrahimovic – então com 21 anos – aproveitou um erro de Peixe para empatar o encontro.
 
Ainda assim, o protagonista da noite foi o avançado croata Tomo Sokota, que nessa época levava apenas 34 minutos devido a uma grave lesão no tendão de Aquiles, mas que nessa noite mostrou qualidades durante mais de 75 minutos em campo, perfilando-se como um concorrente de peso para Nuno Gomes e Miki Fehér.
 
Benfica e Ajax empataram (1-1) ontem à noite, num Estádio da Luz que já tem o substituto a entrar-lhe quase pelo relvado dentro. Um resultado mais que perfeito para um jogo onde as equipas levaram bem à letra o termo amigável, quer na forma limpa como sempre disputaram os lances (e mesmo assim Andrade até se lesionou) quer no pacto de não agressão que, a dada altura, pareciam ter redigido. O Benfica fez apenas cinco faltas em 90 minutos. Não acredito que em jogo de campeonato alguma vez tenha acontecido (nos últimos anos) semelhante estatística. E mesmo as 15 faltas do Ajax estão abaixo do que normalmente fazem os adversários do Benfica na I Liga. Por aqui se percebe bem a falta de competitividade de uma partida que servia, basicamente, para Camacho perceber se Sokota está em condições de servir como opção até final da época; e que, pelo lado dos holandeses, servia para colocar um ponto final, com alguma competição, ao estágio de inverno, que foi realizado no Algarve”, escreveu o Record.
 
“O Benfica empatou frente ao Ajax de Amesterdão (1-1), em jogo particular. Camacho aproveitou essencialmente para testar os jogadores menos utilizados e Sokota estava no centro das atenções. O croata não marcou, mas deixou boas indicações ao treinador. No estádio da Luz pôde assistir-se a um jogo agradável, ainda que tenha havido períodos a deixar a ideia de que este era apenas um (bom) treino”, resumiu, por sua vez, o Maisfutebol.










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