domingo, 21 de fevereiro de 2021

Os 10 jogos mais marcantes de sempre entre Benfica e Farense

Benfica e Farense já se defrontaram mais de 50 vezes
Benfica e Farense já se defrontaram por mais de meia centena de vezes, voltando em 2020-21 a protagonizar um clássico que já não se via desde 2002.
 
Os primeiros confrontos oficiais entre os dois clubes remontam a 1956, quando se defrontaram pela primeira vez na Taça de Portugal, mas foi a partir da década de 1970 que se começaram a tornar um hábito na I Divisão. Não era fácil para o Benfica passar no Estádio de São Luís, de onde chegou a sair goleado. Mas também não foram poucas as vezes em que o Farense foi massacrado no antigo Estádio da Luz.
 
Entre tantos duelos, vale a pena ver aqui a nossa seleção dos dez mais marcantes, por ordem cronológica.
 
 
2 de maio de 1956 – Taça de Portugal (16 avos de final)
O primeiro jogo de sempre entre os dois clubes, numa altura em que o Farense ainda não se tinha estreado na I Divisão e procurava estabelecer-se como um dos principais emblemas da II Divisão – Zona Sul.
O Benfica de Otto Glória, campeão nacional em título e detentor da Taça de Portugal, confirmou o favoritismo e goleou por 4-0 no São Luís, com dois golos de José Águas, um de Fernando Caiado e outro de Francisco Palmeiro.
 
 
15 de novembro de 1970 – I Divisão (9.ª jornada)
O primeiro jogo entre os dois clubes na I Divisão.
O Benfica, orientado pelo inglês Jimmy Hagan e com jogadores como Humberto Coelho, António Simões, Jaime Graça, Toni, Nené, Artur Jorge e José Torres em campo, era vice-líder do campeonato à entrada para o jogo no terreno do Farense de Manuel de Oliveira, a três pontos do Sporting.
Os algarvios, que vinham a fazer uma estreia tranquila no primeiro escalão, venceram por 1-0, com um golo aos 89 minutos apontado pelo médio Nunes, que curiosamente tinha passado pela formação dos encarnados.
 
 
17 de março de 1984 – I Divisão (22.ª jornada)
O jogo com mais golos entre os dois clubes: nove remates certeiros, numa tarde solarenga em Faro.
O Farense, na altura orientado pelo búlgaro Hristo Mladenov, com um médio chamado Jorge Jesus e a lutar para fugir aos últimos lugares, foi impotente perante o Benfica de Sven-Göran Eriksson, que liderava o campeonato e que na época anterior tinha vencido a dobradinha e chegado à final da Taça UEFA.
Chalana (6 e 59 minutos), Manniche (12’ e 34’), Stromberg (32’) e Nené (57’ e 66’) marcaram para as águias e (o filho de) Mário Wilson (23’, g.p.) e Rogério Silva (69’) para os leões de Faro.
 
 
 
21 de abril de 1985 – I Divisão (25.ª jornada)
O resultado mais desnivelado de sempre entre os dois clubes e mais uma goleada do Benfica.
Numa época em que as águias orientadas pelo húngaro Pál Csernai desde cedo que ficaram arredadas da luta pelo título, houve lugar para uma certa consolação na receção aos leões de Faro, então comandados por Fernando Mendes e a lutar para fugir aos últimos lugares.
Curiosamente, os golos benfiquistas foram apontados por jogadores diferentes: Nené (12 minutos), Manniche (50’), Pietra (52’), Diamantino (62’), Nunes (75’) e Jorge Silva (87’).
 
 
 
27 de novembro de 1987 – I Divisão (12.ª jornada)
Uma montanha russa de emoções e uma reta final de jogo frenética.
O Farense, orientado pela glória benfiquista José Augusto, inaugurou o marcador à beira do intervalo, num lance que teve como protagonistas dois amigos setubalenses: Formosinho antecipou-se ao guarda-redes Silvino ao cabecear a bola e depois empurrou-a para a baliza deserta.
Já nos últimos 20 minutos da segunda parte, o Benfica comandado pelo dinamarquês Ebbe Skovdahl deu a volta ao resultado, chegando ao empate através de um livre direto de Mozer (73’) e à vantagem por intermédio de Chiquinho Carlos, na sequência de vários ressaltos (78’).
Parecia que estava feito o mais difícil para os encarnados. No entanto, ao cair do pano Vitinha deu o empate aos algarvios (88’).
 
 
 
24 de abril de 1988 – I Divisão (31.ª jornada)
O dia em que José Augusto ganhou ao Benfica.
A antiga glória benfiquista, então no comando técnico do Farense, guiou os algarvios a uma vitória decisiva sobre as águias, que ajudou os leões de Faro a assegurar a permanência no final da temporada. Ademar Marques, aos 14 minutos, apontou o único golo do encontro.
Quatro dias antes desta derrota em Faro, as águias orientadas por Toni tinham-se apurado para a final da Taça dos Campeões Europeus.
 
 
1 de abril de 1995 – I Liga (27.ª jornada)
Parecia mentira de 1 de abril, mas foi a mais pura realidade. Se perguntarem a qualquer adepto do Farense qual o jogo mais marcante de sempre frente ao Benfica, a resposta será a óbvia: o dos 4-1.
A fazer uma época bastante positiva, que haveria de os levar pela primeira e única vez às competições europeias, os leões de Faro, então orientados pelo mítico treinador espanhol Paco Fortes, viveram uma tarde épica na receção a um Benfica que era campeão em título, tinha Artur Jorge no comando técnico e craques como Michel Preud’homme, Mozer e Caniggia em campo.
Logo após Jorge Soares ter inaugurado o marcador aos 25 minutos, Edílson empatou para as águias aos 28’. No entanto, os algarvios foram demolidores na reta final da segunda parte, marcando por mais três vezes: Moussa N’Daw aos 70’ e 88’ e Hassan aos 80’.
 
 
 
21 de abril de 1996 – I Liga (31.ª jornada)
Um ano depois dos 4-1 do Farense ao Benfica, o cenário era bem diferente. Desta vez, o jogo da segunda volta entre as duas equipas era no Estádio da Luz, com os algarvios a sentirem bastantes dificuldades para se manterem longe da zona de despromoção.
Apesar do claro favoritismo das águias, então orientadas por Mário Wilson, quem saiu a sorrir do reduto encarnado foram os leões de Faro, comandados por Paco Fortes, e logo com um golo de um jogador que já estava comprometido com o Benfica para a época seguinte. Marcou Jorge Soares, ao minuto 90.
“Já tinha assinado pelo Benfica em janeiro. Marquei na Luz e já sabia que ia para lá. Não foi fácil, mas na altura só quis festejar o golo. Estávamos a precisar de pontos, mas depois do jogo claro que pensei ‘eh pá, marquei ao meu futuro clube’. Enfim, eu era um bom profissional e teve de ser assim”, afirmou o antigo central ao Maisfutebol em outubro de 2020.
 
 
 
21 de setembro de 1998 – I Liga (4.ª jornada)
Os extremos tocaram-se na 4.ª jornada da I Liga em 1998-99. O Farense de Paco Fortes, último do campeonato com zero pontos, recebeu o Benfica de Graeme Souness, líder com nove pontos em nove possíveis.
Se as águias partiram como favoritas para o jogo, era quase impossível de perspetivar que saíssem derrotadas do São Luís quando, aos 85 minutos, ficaram a jogar com mais um homem, devido à expulsão de Miguel Serôdio, a quem Jorge Coroado mostrou o cartão vermelho direto.
No entanto, o Farense haveria mesmo de chegar à vitória, através de um golo de Hassan ao minuto 90, na sequência de um lance de contra-ataque.
 
 
 
20 de fevereiro de 2000 – I Liga (22.ª jornada)
O cenário à partida para o jogo não era diferente do dos anteriores: Benfica de Jupp Heynckes nos lugares cimeiros, neste caso a quatro pontos do líder Sporting; Farense de Ismael Díaz em dificuldades, em zona de despromoção, ainda que com bastante margem de manobra para assegurar a permanência.
No entanto, aos oito minutos, já os algarvios estavam a vencer por 0-2, com golos de Paulo Ferreira (5’) e Hassan (8’), perante um silêncio ensurdecedor no antigo Estádio da Luz.
Apesar do arranque em falso, os encarnados conseguiram dar a volta ainda na primeira parte e construir uma goleada na segunda. Maniche, que se notabilizou como box to box, mas que na altura atuava como extremo esquerdo, foi a figura do encontro, ao apontar um hat trick (23’, 38’ e 89’). Nuno Gomes (43’ e 68’) e Poborsky (58’) marcaram os restantes golos.
 














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