segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

A minha primeira memória de… um jogo entre FC Porto e Sp. Braga

Duelo aéreo entre Zé Nuno Azevedo e Pena
Comecei a ver futebol em meados de 2000, mas o primeiro jogo entre FC Porto e Sp. Braga de que me recordo é de 2002. Já vi os resumos dos confrontos de 2000-01 e do primeiro de 2001-02, mas não me lembro de nenhum. A minha primeira memória é de um duelo no Estádio das Antas para os quartos de final da Taça de Portugal no qual os portistas estiveram a vencer, mas acabaram por perder por 1-2 ou 1-3. Ainda hoje tenho presente o golo do gigante central bracarense Idalécio com a nuca.

Fazendo uma pesquisa pela Internet, a memória fica avivada. De facto, o FC Porto esteve a vencer por 1-0 com um golo de Capucho aos 51 minutos, mas o Sp. Braga deu a volta no espaço de três minutos, por Castanheira (71’) e Idalécio (74’), a 16 de janeiro de 2002, uma quarta-feira.





O treinador portista era Octávio Machado, mas só viria a durar mais uns dias no cargo, não resistindo a uma derrota no Bessa para o campeonato, despedindo-se com um saldo de 19 vitórias, seis empates e 11 derrotas. Conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira e passou à segunda fase de grupos da Liga dos Campeões, mas o afastamento da Taça e o quinto lugar na I Liga, a sete pontos do líder Sporting, à 19.ª jornada. O técnico bracarense era Manuel Cajuda, para muitos considerado o pai deste Sp. Braga que compete pelos primeiros lugares.

“A pressão avoluma-se sobre o FC Porto e Octávio Machado demora a encontrar um antídoto eficaz para o vírus da intranquilidade que invadiu a equipa, assistindo, como que impotente, ao triste espetáculo que os seus pupilos vão protagonizando dentro do relvado, também eles incapazes de se libertar da pressão que aumenta a cada desafio. Nem o simples (normalmente, decisivo) facto de marcarem primeiro, de conquistarem uma vantagem no marcador, serve para que se soltem, mostrem o futebol que já jogaram noutras alturas e, sobretudo, a atitude guerreira e ambiciosa que era reconhecida como a maior das suas armas. O adversário chamava-se Sp. Braga, transportava consigo a proeza de ter empatado no mesmo estádio para o campeonato, mas também a desvantagem e, já nesta semana, ter perdido duas peças-base do seu onze. Tudo misturado, no mínimo, resultava num nulo, e cabia aos portistas aproveitar...  Começaram por fazê-lo, ganhando, já no segundo tempo, a vantagem que perseguiam desde início, mas deixaram escapar tudo em escassos três minutos, os suficientes para o Braga virar o resultado e conseguir a passagem às meias-finais da Taça de Portugal”, podia ler-se na crónica do jornal O Jogo.



Três meses depois, já com José Mourinho ao leme dos azuis e brancos, o FC Porto foi ao Estádio 1.º de Maio golear por 4-0, com um hat-trick do reforço de inverno Benni McCarthy e um golo de Hélder Postiga a fechar, na sequência de um fantástico cruzamento de letra por parte de Deco. Dessa obra de arte lembrava-me bem, da autoria dos golos não tanto.

“Uma primeira parte de elevado nível, complementada com 15 minutos finais do mesmo nível, foi suficiente para o FC Porto golear o Sp. Braga e manter intactas as aspirações de conquistar o terceiro lugar. Dando continuidade à subida de forma que tem vindo a demonstrar, a equipa orientada por José Mourinho não deu qualquer hipótese aos bracarenses de discutirem o resultado. Um futebol simples, de circulação de bola, com mutações constantes dos jogadores foram argumentos demasiado pesados para a equipa minhota. Como se isto não bastasse, um genial Deco e um mortífero McCarthy deixaram Manuel Cajuda à beira de um ataque de nervos, ele que escolheu os minutos que antecederam o encontro com os dragões para se despedir da massa associativa do clube que orientou nos últimos anos”, escreveu o jornal O Jogo.




























E para o caro leitor, qual foi o primeiro clássico entre Sp. Braga e FC Porto de que tem memória? E quais foram os melhores e mais marcantes clássicos de sempre?

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