João Félix decisivo no triunfo do Benfica em Guimarães |
Terceiro jogo de Bruno Lage no comando técnico da equipa principal do Benfica, terceira vitória. Depois de uma reviravolta frente ao Rio Ave na Luz (4-2) e de um triunfo confortável nos Açores sobre o Santa Clara (2-0), emergiu a face pragmática das águias, que aproveitou a única verdadeira grande ocasião de golo de todo o encontro logo aos 15 minutos e limitou-se a tapar os caminhos para a sua baliza.
Eficácia total dos lisboetas nos pés de João Félix, que picou a bola sobre o guarda-redes Miguel Silva, aproveitando uma rara assistência de Rúben Dias, que lançou o talentoso internacional sub-21 português em profundidade, nas costas da defesa vimaranense.
A formação orientada por Luís Castro - um dos treinadores de que mais se falou para a sucessão de Rui Vitória - respondeu bem ao golo, jogando estendido no terreno, com bola, a tentar chegar ao último terço através de um futebol apoiado, sem a tentação de se encolher e apostar as fichas todas no contra-ataque. No fundo, uma equipa à imagem do seu treinador, que já tinha implementado e com sucesso o mesmo estilo no Rio Ave e no Desp. Chaves.
No entanto, se os minhotos por um lado mostravam capacidade para sair a jogar mesmo em situação de aperto e mastigar o jogo no meio-campo ofensivo, por outro não conseguiam fazer chegar a bola ao ponta de lança Alexandre Guedes, precisamente a figura da última final da Taça, então ao serviço do Desp. Aves. Davidson bem tentava criar desequilíbrios e visar a baliza de Svilar - única novidade em relação ao onze que bateu o Santa Clara -, mas o jovem guarda-redes belga nunca se sentiu verdadeiramente ameaçado nem teve de fazer uma defesa mais complicada, tal como o homólogo vitoriano.
Fins que justificam os meios
A toada prosseguiu no segundo tempo, cuja situação de maior perigo foi um remate de ângulo pouco apertado por parte de Davidson que Svilar controlou com os olhos (66 minutos). O V. Guimarães voltou a apoderar-se da bola e pode dizer-se que esteve em grande plano nos primeiros 75 metros, mas faltou-lhe os últimos 30. Nem com a entrada de Estupiñán e a consequente passagem para um sistema de dois avançados alterou o rumo dos acontecimentos, perante um Benfica que se preocupou exclusivamente em ocupar bem os espaços no meio-campo defensivo.
Mas como há fins que justificam os meios, as águias permanecem com ambições intactas na Taça e esta quarta-feira poderão assistir tranquilamente ao desfecho do Feirense-Sporting, que jogo que vai definir qual o adversário das meias-finais, agendadas para 6 de fevereiro e 3 de abril.
Rúben Dias fez o passe para o golo e esteve intransponível |
A figura: Rúben Dias
Exibição irrepreensível do jovem internacional português, que ao minuto 15 entrou no meio-campo ofensivo e lançou João Félix com um passe magistral que apanhou toda a defesa do V. Guimarães desprevenida. A partir daí, fez valer os seus atributos defensivos, mostrando-se intransponível a impedir que o ponta de lança Alexandre Guedes recebesse a bola em boas condições e a tapar os caminhos para a baliza de Svilar. Se o guarda-redes belga teve uma noite tranquila, bem pode agradecer a Rúben Dias, que assinou uma exibição a roçar a perfeição.
Ficha de jogo
Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães
Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa)
V. Guimarães: Miguel Silva; Sacko, Osório, Pedro Henrique e Rafa Soares; Wakaso, Joseph (Estupiñán, 75') e Mattheus Oliveira (João Carlos Teixeira, 67'); Ola John (Hélder Ferreira, 67'), Davidson e Alexandre Guedes
Benfica: Svilar; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Fejsa (Samaris, 46'), Gabriel, Pizzi (Gedson, 84') e Zivkovic (Salvio, 60'); João Félix e Seferovic.
Disciplina: Cartão amarelo a Jardel (21'), Osorio (34'), Pizzi (35'), Joseph (70'), André Almeida (83'), Samaris (84') e Wakaso (84')
Golo: 0-1, João Félix (15 minutos).
Veja aqui o resumo do jogo
Link original: https://www.dn.pt/desportos/interior/benfica-em-guimaraes-com-svilar-na-baliza-10442530.html
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