quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Eficácia total do Benfica frente a V. Guimarães que só teve 75 metros

João Félix decisivo no triunfo do Benfica em Guimarães
Terceiro jogo de Bruno Lage no comando técnico da equipa principal do Benfica, terceira vitória. Depois de uma reviravolta frente ao Rio Ave na Luz (4-2) e de um triunfo confortável nos Açores sobre o Santa Clara (2-0), emergiu a face pragmática das águias, que aproveitou a única verdadeira grande ocasião de golo de todo o encontro logo aos 15 minutos e limitou-se a tapar os caminhos para a sua baliza.


Eficácia total dos lisboetas nos pés de João Félix, que picou a bola sobre o guarda-redes Miguel Silva, aproveitando uma rara assistência de Rúben Dias, que lançou o talentoso internacional sub-21 português em profundidade, nas costas da defesa vimaranense.

A formação orientada por Luís Castro - um dos treinadores de que mais se falou para a sucessão de Rui Vitória - respondeu bem ao golo, jogando estendido no terreno, com bola, a tentar chegar ao último terço através de um futebol apoiado, sem a tentação de se encolher e apostar as fichas todas no contra-ataque. No fundo, uma equipa à imagem do seu treinador, que já tinha implementado e com sucesso o mesmo estilo no Rio Ave e no Desp. Chaves.

No entanto, se os minhotos por um lado mostravam capacidade para sair a jogar mesmo em situação de aperto e mastigar o jogo no meio-campo ofensivo, por outro não conseguiam fazer chegar a bola ao ponta de lança Alexandre Guedes, precisamente a figura da última final da Taça, então ao serviço do Desp. Aves. Davidson bem tentava criar desequilíbrios e visar a baliza de Svilar - única novidade em relação ao onze que bateu o Santa Clara -, mas o jovem guarda-redes belga nunca se sentiu verdadeiramente ameaçado nem teve de fazer uma defesa mais complicada, tal como o homólogo vitoriano.

Fins que justificam os meios

A toada prosseguiu no segundo tempo, cuja situação de maior perigo foi um remate de ângulo pouco apertado por parte de Davidson que Svilar controlou com os olhos (66 minutos). O V. Guimarães voltou a apoderar-se da bola e pode dizer-se que esteve em grande plano nos primeiros 75 metros, mas faltou-lhe os últimos 30. Nem com a entrada de Estupiñán e a consequente passagem para um sistema de dois avançados alterou o rumo dos acontecimentos, perante um Benfica que se preocupou exclusivamente em ocupar bem os espaços no meio-campo defensivo.

Mas como há fins que justificam os meios, as águias permanecem com ambições intactas na Taça e esta quarta-feira poderão assistir tranquilamente ao desfecho do Feirense-Sporting, que jogo que vai definir qual o adversário das meias-finais, agendadas para 6 de fevereiro e 3 de abril.

Rúben Dias fez o passe para o golo e esteve intransponível

A figura: Rúben Dias

Exibição irrepreensível do jovem internacional português, que ao minuto 15 entrou no meio-campo ofensivo e lançou João Félix com um passe magistral que apanhou toda a defesa do V. Guimarães desprevenida. A partir daí, fez valer os seus atributos defensivos, mostrando-se intransponível a impedir que o ponta de lança Alexandre Guedes recebesse a bola em boas condições e a tapar os caminhos para a baliza de Svilar. Se o guarda-redes belga teve uma noite tranquila, bem pode agradecer a Rúben Dias, que assinou uma exibição a roçar a perfeição.

Ficha de jogo

Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães

Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa)

V. Guimarães: Miguel Silva; Sacko, Osório, Pedro Henrique e Rafa Soares; Wakaso, Joseph (Estupiñán, 75') e Mattheus Oliveira (João Carlos Teixeira, 67'); Ola John (Hélder Ferreira, 67'), Davidson e Alexandre Guedes

Benfica: Svilar; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Fejsa (Samaris, 46'), Gabriel, Pizzi (Gedson, 84') e Zivkovic (Salvio, 60'); João Félix e Seferovic.

Disciplina: Cartão amarelo a Jardel (21'), Osorio (34'), Pizzi (35'), Joseph (70'), André Almeida (83'), Samaris (84') e Wakaso (84')

Golo: 0-1, João Félix (15 minutos).


Veja aqui o resumo do jogo


















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