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| Felipe Melo é titular indiscutível do Palmeiras aos 35 anos |
Felipe Melo, atualmente ao
serviço do Palmeiras, é aquilo a que se pode chamar de médio estabilizador. De
características essencialmente defensivas, raramente sai da sua posição no
duplo pivot defensivo do verdão de Luiz Felipe Scolari, deixando
essa missão a cargo do box-to-box Bruno
Henrique.
Além de dar equilíbrio defensivo
à equipa ao procurar criar superioridade numérica na zona da bola e ao não conceder
liberdade ao principal criativo da equipa adversária, é forte no jogo aéreo embora
não seja propriamente uma viga (1,83 m) e é agressivo na disputa de bola,
ajudando à recuperação da posse.
No entanto, esse espírito
guerreiro que lhe vale a alcunha de pitbull
também tem trazido alguns dissabores a ele e às equipas que representa. Por
vezes, não se trata apenas de agressividade e virilidade, mas de impetuosidade
e violência. De repente, aquele que é um médio estabilizador cria instabilidade
ao coletivo, por o sujeitar a jogar com menos um homem, devido a uma eventual
expulsão.
A 30 de agosto, uma entrada mal
medida valeu a Felipe Melo um cartão vermelho logo aos cinco minutos da 2.ª mão
dos oitavos de final da Taça Libertadores, diante do Cerro Porteño. Os paraguaios aproveitaram essa vantagem
numérica para vencer por 1-0 no Allianz Parque, mas o emblema paulista acabou
por levar a melhor no agregado devido à vitória por 2-0 fora.
A juntar à impetuosidade que
coloca na abordagem dos lances, um feitio quezilento, sempre preparado para o
bate-boca, para o tête-à-tête. Ainda assim,
não deixou de ser, aos 35 anos, uma peça fundamental num Palmeiras que, ao que
tudo indica, conquistará o campeonato brasileiro em 2018.
Em final de carreira, o médio internacional
brasileiro por 22 ocasiões (dois golos), permanece igual a si mesmo no culminar
de um trajeto de quase duas décadas que começou no Flamengo e que passou por
Cruzeiro, Grêmio, Maiorca, Racing Santander, Almería, Fiorentina, Juventus, Galatasaray
e Inter de Milão.
Ele joga muito!
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