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Mortimore treinou o Benfica nas décadas de 1970 e 1980 |
Era “muito exigente e tinha um
grande rigor. Era impressionante no cumprimento do horário. Às 10h00 começava
impreterivelmente o treino”, recordou ao
Correio
da Manhã o antigo capitão encarnado Diamantino Miranda, que deu conta
de que o técnico passava dez minutos antes do apronto pela cabina em direção ao
posto médico para se certificar que ninguém tinha falhado os compromissos.
Antigo médio de Woking,
Chelsea
e Queens Park Rangers nascido em 23 de setembro de 1934 na cidade inglesa de Farnborough,
somou 279 jogos e dez golos pelo
emblema
de Stamford Bridge entre 1956 e 1965, tendo vencido a
Taça da
Liga de Inglaterra no ano de despedida.
Como treinador, comandou os
gregos do Ethnikos Piraeus e o
Portsmouth
antes da primeira aventura do
Benfica,
durante a qual venceu o campeonato nacional em 1976-77 e lançou os jovens
Chalana,
José Luís,
Eurico,
Alberto e Bastos Lopes, já no fim da presidência de Borges Coutinho.
Após um hiato na carreira que durou
seis anos, regressou à
Luz
para colocar algum travão numa fase de grande ascensão do
FC
Porto, tendo conquistado mais um campeonato (1986-87), duas
Taças
de Portugal (1985-86 e 1986-87) e uma
Supertaça
(1985). Durante essa segunda passagem esteve numa das derrotas mais impactantes
da história
encarnada,
os 7-1 impostos pelo rival
Sporting
em dezembro de 1986.
Após uma aventura de um ano nos
espanhóis do
Betis,
voltou ao futebol português para orientar o
Belenenses
na temporada 1988-89, tendo eliminado o
Bayer
Leverkusen de Rinus Michels na
Taça
UEFA. Deixou o cargo em fevereiro de 1989, com a equipa na primeira metade
da tabela e ainda em prova na
Taça
de Portugal – depois o brasileiro
Marinho
Peres pegou nos
azuis
do Restelo e venceu a
prova
rainha.
No regresso a Inglaterra, foi
para o
Southampton
como… presidente.
Viria a morrer a 26 de janeiro de
2021, aos 86 anos.
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