terça-feira, 26 de novembro de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica e Mónaco

Ruben Amorim protege a bola de um jogador monegasco
Por incrível que pareça, Benfica e Mónaco apenas protagonizaram um duplo confronto oficial na sua história, na fase de grupos da Liga dos Campeões em 2014-15. Antes disso, mediram forças no jogo de apresentação das águias aos sócios a 24 de julho de 2010.
 
Lembro-me de assistir a parte da transmissão desse encontro, na RTP 1, através da televisão do meu quarto, pouco horas antes de acordar cedo para ir com uma amiga ao casting dos Ídolos, na zona de Belém.
 
Na altura, o Benfica de Jorge Jesus era o campeão nacional, mas estava a dar alguns sinais de enfraquecimento depois das saídas das asas Di María e Ramires e nos primeiros meses do espanhol Roberto na baliza. Os monegascos, por sua vez, estavam a atravessar uma fase descendente após uma boa fase nas décadas de 1990 e 2000, ao ponto de terem descido de divisão no final dessa temporada 2010-11.
 
Os encarnados começaram melhor e inauguraram o marcador à passagem da meia hora por intermédio do brasileiro Airton, que na altura se perfilava como uma boa alternativa a Javi García, na sequência de um canto de Aimar.
 
Aos 42’, Carlos Martins perdeu a bola em zona proibida e permitiu o empate ao Mónaco, apontado por Sagbo. Logo a seguir, César Peixoto cometeu uma grande penalidade que Mongongu transformou no 1-2.
 
O Benfica viria a reagir na segunda parte, embalado pelas entradas de Fábio Coentrão e Cardozo. Aimar empatou o encontro aos 50 minutos, através de um forte remate de fora da área, e o paraguaio assinou o 3-2 final, com assistência do caxineiro (62’).
 
“Foi preciso esperar pela segunda parte para se ver um Benfica diferente, mais próximo do que foi na última temporada, na partida de apresentação das águias diante dos franceses do Mónaco. Depois de uma primeira parte com o motor engasgado, em que a equipa praticamente só jogou pelo meio, o que era de esperar com um meio-campo composto por Airton, Carlos Martins, Gaitán e Aimar (todos com uma tendência, neste caso suicida, em jogar pelo centro), Jorge Jesus mexeu no conjunto ao intervalo, chamando o mundialista Coentrão para se fixar no lado esquerdo da defesa... e virar o resultado (de 1-2 para 3-2). E a partir daí a música foi mesmo outra. Se há jogador que, apesar de bastante assediado, o Benfica está proibido de vender neste mercado, esse é o canhoto das Caxinas. Com ele, os encarnados deixaram de jogar em exclusivo pelo centro, flanquearam o seu jogo – o esquerdino deu dimensão ao ataque – e foram destruindo a defesa adversária”, resumiu o jornal O Jogo.
 
 




 





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