sábado, 15 de fevereiro de 2020

A minha primeira memória de… um jogo entre Sevilha e Espanyol

Sevilhista Daniel Alves foge à marcação de Albert Riera em Glasgow
Um Sevilha-Espanyol ou um Espanyol-Sevilha nunca é propriamente um jogo grande numa jornada da liga espanhola, mas em 2007 os dois clubes protagonizaram a final da Taça UEFA no Hampden Park, na cidade escocesa de Glasgow.


Para os andaluzes era a segunda final consecutiva, depois de no ano anterior terem goleado o Middlesbrough em Eindhoven (4-0). A equipa orientada por Juande Ramos começou a competição por eliminar os gregos do Atromitos na primeira ronda, passou em segundo lugar num grupo em que também estavam incluídos os holandeses do AZ, o Sp. Braga, os checos do Slovan Liberec e os suíços do Grasshoppers e afastou os romenos do Steaua Bucareste, os ucranianos do Shakhtar Donetsk, os ingleses do Tottenham e os espanhóis do Osasuna na fase a eliminar.

Para os catalães era o regresso ao palco da decisão 19 anos depois de terem perdido para o Bayer Leverkusen a duas mãos. A formação comandada por Ernesto Valverde iniciou o seu percurso na prova ao eliminar os eslovacos do Artmedia Petržalka na ronda preliminar, venceu um grupo que incluía os holandeses do Ajax, os belgas do Zulte Waregem, os checos do Sparta Praga e os austríacos do Áustria Viena e depois eliminou os italianos do Livorno, os israelitas do Maccabi Haifa, o Benfica e os alemães do Werder Bremen. Nem uma derrota foi registada nesses dez encontros.


Mais experiente nestas andanças, o Sevilha inaugurou o golo aos 18 minutos, numa jogada de contra-ataque conduzida pelo brasileiro Adriano no lado esquerdo. O lateral/extremo tirou David García do caminho, isolou-se e bateu o guarda-redes Gorka Iraizoz.

A vantagem durou uma dezena de minutos. Albert Riera foi progredindo da esquerda para o meio, passou por Daniel Alves e rematou de pé direito para o fundo das redes, com a bola ainda a sofrer um desvio no lateral brasileiro durante o seu trajeto.

No decorrer do segundo tempo, o médio defensivo Moisés Hurtado viu o segundo amarelo por falta sobre Kerzhakov e deixou o Espanyol reduzido a apenas dez unidades. Ainda assim, os catalães conseguiram atirar a decisão para prolongamento.

No final da primeira parte do tempo extra, o avançado maliano Frédéric Kanouté voltou a adiantar os andaluzes, num desvio ao primeiro poste na resposta um cruzamento rasteiro de Jesús Navas pela direita (105').

Porém, o médio defensivo brasileiro Jônatas, emprestado pelo Flamengo, empatou o encontro através de um disparo de fora da área (115'), levando a decisão para o desempate por grandes penalidades.

Nos penáltis brilhou o guarda-redes sevilhista Andrés Palop, que defendeu três (!) remates dos catalães: Luís García, Jônatas e Torrejón. E o Sevilha ganhou por 4-1 e levantou a segunda Taça UEFA (consecutiva) do seu palmarés.

Confesso que, na altura, não assisti ao jogo, mas lembro-me de ir acompanhando espaçadamente as incidências da partida.











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