sábado, 30 de novembro de 2019

As minhas primeiras memórias de… jogos entre Fabril e Aljustrelense

Fase de um dos jogos entre as duas equipas em Aljustrel
É com bastante nostalgia que recordo as minhas primeiras memórias de jogos entre Fabril Barreiro e Mineiro Aljustrelense. Como barreirense e sócio fabrilista, vim com entusiasmo o regresso do clube aos campeonatos nacionais em 2007-08, na altura na Série F da III Divisão, onde mediu forças por quatro vezes com a equipa de Aljustrel, vila alentejana onde tenho muitas raízes.


No primeiro encontro entre as duas equipas dessa época, a 11 de novembro de 2007, um Fabril em dificuldades na tabela classificativa conseguiu arrancar um empate a dois golos em casa do Mineiro, mas esse jogo não assisti ao vivo. Apenas soube do resultado depois.

Na segunda volta, a 24 de fevereiro de 2008, um Fabril em franca recuperação na classificação, depois de o ex-preparador físico Alfredo Lopes ter assumido o comando técnico da equipa após as demissões do obreiro da subida José Carvalho e do antigo extremo sportinguista e benfiquista Jorge Amaral, recebeu e venceu o líder e também recém-promovido Aljustrelense por 2-0 no Estádio Alfredo da Silva, numa partida em que marquei presença. Porém, não encontrei qualquer registo relativo à partida em termos de ficha de jogo.

As duas equipas acabaram por se classificar nos seis primeiros lugares, ou seja, garantiram um lugar de acesso à fase de promoção, etapa em que voltaram a medir forças por mais duas vezes.

O Mineiro Aljustrelense, orientado por Francisco Fernandes e com vários trabalhadores da mina de Aljustrel na equipa, terminou mesmo a fase regular em primeiro lugar. A formação alentejana era uma equipa que valia pelo coletivo mas que contava com alguns jogadores com experiência em ligas profissionais como o defesa Paulo Serrão (ex-Farense e Sp. Espinho), os médios Zé Luís Araque (ex-Salgueiros e Campomaiorense) e Katchana (ex-Beira-Mar) e o avançado Rui Sousa (ex-Paços de Ferreira).

O Fabril contava com menos experiência em termos globais, mas tinha no plantel o capitão do Beira-Mar que ergueu a Taça de Portugal em 1998-99, o médio Fusco.

Na fase de promoção, o Fabril revelou falta de pedalada para acompanhar os adversários e ficou no último lugar, enquanto o Aljustrelense não só ascendeu à II Divisão B como foi campeão da Série F.

Homenagem dos jogadores do Fabril a um sócio falecido, Frederico
Esse desfecho começou a ser traçado logo na 2.ª jornada, a 13 de abril, num desafio disputado em Aljustrel no qual marquei presença, numa espécie de loucura do meu pai que resolveu fazer uma viagem relâmpago à vila mineira só para assistir a um jogo da III Divisão. O Mineiro ganhou por 3-1, com golos de Catchana, Duarte e Carlos Fio para os alentejanos e Rui Capitão-Mor, filho de uma velha glória do clube dos tempos da CUF, para os fabrilistas.

"O Fabril não esteve ao nível das últimas exibições e que pena foi isso ter acontecido logo hoje. Até não entrámos muito mal no jogo mas faltou uma coisa muito importante, impormo-nos sobre o adversário, nunca conseguimos jogar só o nosso jogo. O jogo até ficou mais fácil quando aos 30 minutos foi expulso um dos jogadores locais. Mas o Fabril não soube aproveitar essa vantagem numérica, nunca arriscou e foi penalizado por isso. Durante a segunda parte, nos primeiros três remates a baliza o Aljustrelense fez três golos. Pelo meio já o nosso ponta de lança Rui Capitão-Mor tinha diminuído a desvantagem fazendo o 2-1, nessa altura acreditámos na reviravolta mas esteve sempre longe de tal. Nem a segunda expulsão de um dos locais nos ajudou. Não era mesmo dia do Fabril. Mas não atiramos a toalha ao chão, isso nunca! O GD Fabril vai já na próxima semana mostrar de que fibra é feito", escreveu um site afeto ao Fabril.

Se o Fabril entrou no jogo de Aljustrel nos lugares de subida, já estava a cinco pontos de distância das duas primeiras posições à partida para a receção ao Mineiro no Lavradio, a 17 de maio. Uma derrota por 1-2 colocou um ponto final na esperança dos fabrilistas e catapultou a formação do distrito de Beja para a liderança da prova, de onde não mais saiu.




















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