quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

A minha primeira memória de… um dérbi entre Benfica e Sporting para a Taça de Portugal

O dérbi ficou marcado pelo túnel de Paíto a Luisão
A data é impossível de esquecer: 26 de janeiro de 2005. No dia em que completei 13 anos de vida Benfica e Sporting defrontaram-se no Estádio da Luz para um jogo eletrizante a contar para a Taça de Portugal.

Já via futebol há cerca de cinco anos e estava habituado a dérbis que não correspondiam às expetativas, com poucos golos e oportunidades, mal jogados e muito táticos. Na véspera dos jogos recordava-se o 7-1 e o 3-6, mas o que depois se via quase sempre era 1-0 ou 2-1. O mesmo se aplicava quando o FC Porto estava metido ao barulho.


No entanto, naquele dia do meu 13.º aniversário tudo foi diferente. Ainda não estava bem sentado no sofá em frente à televisão quando Geovanni inaugurava o marcador para o Benfica, logo aos três minutos, batendo Tiago – titular na Taça de Portugal, mas suplente de Ricardo no campeonato.

Tendo em conta o que estava habituado, até julgava tratar-se de um golo decisivo, porém, este dérbi estava mesmo destinado a ser diferente. E tanto assim foi que, com dois grandes golos, o Sporting deu a volta, primeiro por Hugo Viana (15’) – que nesse jogo tentou marcar de canto direto a todo o custo – e depois por Liedson (17’).


Teria o Sporting de José Peseiro conquistado uma vantagem difícil de anular? Nada disso! Passados cinco minutos, Geovanni repôs a igualdade, voltando a aproveitar as sobras de um livre direto.

A partir daí sim, o jogo acabou por se tornar parecido aos dérbis a que estava habituado, mais tático e menos bem jogado em termos técnicos. Não que aqui e ali não surgissem oportunidades, mas o encontro parecia totalmente diferente daquilo a que se assistiu nos primeiros 22 minutos.


Aos 110 minutos e depois de uma obra de arte daquelas, poucos se atreveriam a prever que o vencedor fosse outro que não o conjunto leonino.  Contudo, o Benfica respondeu também com um golaço, da autoria do capitão Simão, que encheu o pé de fora da área e bateu um Tiago que pareceu mal posicionado.


Com o 3-3 no final do prolongamento, seguiu-se o desempate por grandes penalidades. Petit, Manuel Fernandes, Dos Santos, Nuno Gomes, Simão, Carlitos e Alcides não falharam para o Benfica de Giovanni Trapattoni nem Rochemback, Tello, Liedson, Polga, Sá Pinto e João Moutinho para o Sporting, mas Miguel Garcia acertou na trave e entregou o apuramento aos encarnados.

Curiosamente, o vilão dessa noite haveria de ser o herói de uma outra mais importante meses depois, ao apontar o golo que qualificou os leões para a final da Taça UEFA.






















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