terça-feira, 30 de outubro de 2018

Ralf. O histórico trinco puro do Corinthians em terra de volantes

Ralf é uma das referências do Corinthians, a par de Cássio
Não é uma figura recente no futebol brasileiro, mas não deixa de ser impressionante a sua longevidade enquanto elemento importante de um dos mais populares e bem-sucedidos clubes do Brasil, o Corinthians.

Num campeonato em que a esmagadora maioria dos treinadores privilegia o 4x2x3x1 com dois volantes [médios mais recuados] corresponsáveis pelas tarefas de cobertura e a apoiarem alternadamente o ataque, Ralf é desde há muitos anos um médio defensivo atípico em terras de Vera Cruz.


Com caraterísticas quase exclusivamente defensivas, consegue alhear-se frequentemente da construção dos ataques do time paulista, agora comandada por Jair Ventura. É muito limitado tecnicamente e algo lento a decidir com a bola no pé, mas haverá poucos como ele no Brasileirão nas artes de destruir o jogo do adversário e de equilibrar a equipa.

Quase sempre posicionado no sítio certo, a reduzir o espaço aos oponentes e a criar superioridade numérica, é uma peça fundamental na recuperação de bola, podendo atuar sozinho à frente da defesa num sistema de 4x3x3 (ou 4x1x4x1).

O mais impressionante é mesmo como, apesar de ter uma relação complicada com a bola, não há técnico que tenha abdicado dele ao fim de tantas temporadas, nem agora aos 34 anos e aparentemente com uns quilinhos a mais.


Ralf chegou ao timão em 2010, oriundo do modesto Grêmio Barueri, e leva uma média de mais de 50 jogos por ano, com uma passagem pelos chineses do Beijing Guoan pelo meio, em 2016 e 2017. No total, soma mais de 350 encontros oficiais disputados pelo Corinthians, tendo conquistado dois campeonatos (2011 e 2015), uma Libertadores (2012), uma Recopa Sul-Americana (2013) e um Mundial de Clubes (2012). Foi ainda eleito volante do ano do Brasileirão em 2011 e amealhou oito internacionalizações pelo escrete, todas entre agosto de 2011 e abril de 2013.







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