sábado, 4 de agosto de 2018

César nos Açores para confirmar boas indicações dadas no Bonfim

Central brasileiro assinou pelo Santa Clara até 2020

"A verdade é que não imaginaria, por exemplo, que o pior central que conheci na I Liga fosse emprestado pelo Benfica. Não me passaria pela cabeça!". A frase foi proferida pelo presidente do Nacional, Rui Alves, no rescaldo da despromoção do emblema insular ao segundo escalão do futebol português em 2017, e visou César, defesa brasileiro que esta quinta-feira assinou por duas épocas pelo Santa Clara.

Depois de ter falhado o início da época passada por lesão, o jogador então cedido pelo Benfica ao Vitória de Setúbal teve a oportunidade de mostrar que não é o que o dirigente nacionalista disse dele. É verdade que só foi a jogo meia dúzia cheia de vezes e que por isso a amostra foi curta, mas também não deixa de ser verídico que foi lançado às feras e correspondeu mesmo não tendo ritmo de jogo e numa fase da época em que a equipa estava na mó de baixo.


Mais do que provar que não era o pior central da I Liga, César até exibiu, aqui e ali, as qualidades que as águias lhe terão identificado. De elevada estatura (1,90 m), mostrou ser um central imponente no jogo aéreo, mas sem ser duro de rins. Também tem agilidade e velocidade. Assertivo a nível posicional e criterioso na definição do melhor momento para colocar o pé à bola para desarmar o adversário, é daqueles defesas que não inventa muito, mas que também não é inseguro quando tem a bola em sua posse.

Acabou por deixar o Bonfim em janeiro, não por opção do treinador José Couceiro, mas porque a casa-mãe Benfica considerou ser mais rentável passar a segunda metade da temporada no Juventude de Caxias do Sul, do segundo escalão brasileiro. "Eu queria que o César fizesse a época toda? Queria. Não há dispensa nenhuma do César", afirmou o então técnico sadino em meados de janeiro. “Infelizmente, o César saiu contra a minha vontade”, reiterou uma semana depois.

Se a tal época 2016/17 não correu muito bem a César no Funchal, também é preciso não esquecer que foi um dos esteios da equipa do Ponte Preta que chegou à final da Copa Sul-americana (2013) – equivalente à Liga Europa -, não comprometeu quando representou a formação principal do Benfica (2014/15) e era titular do Flamengo aquando do empréstimo ao clube do Rio de Janeiro (2015/16). Agora, nos Açores, terá a oportunidade para confirmar as boas indicações dadas em meia dúzia de partidas no Bonfim.
















2 comentários:

  1. É pena que os reforços do Santa Clara cheguem com esse rótulo, o que espelha a dificuldade do clube em contratar e das desigualdades que existem no futebol português.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Até creio que o Santa Clara está a reforçar-se com um leque de jogadores interessantes a acrescentar aos que já tinham, alguns dos quais a jogar juntos há várias épocas. Patrick Vieira, Zé Manuel e Fábio Cardoso, por exemplo já deram algumas provas na I Liga.

      Vamos ver é o que mostra o treinador e se o plantel aguenta o constante vaivém ao continente.

      Eliminar