sábado, 4 de janeiro de 2014

O melhor Adrien de sempre

uefa.com
Um dos segredos da primeira metade de temporada que o Sporting está a realizar é sem dúvida o seu meio-campo.

Numa altura em que os plantéis dos três grandes são autênticas sociedades das nações, o trio de centrocampistas leoninos, prima, desde logo, por ser totalmente português.

A partilhar o setor com William Carvalho e André Martins, está Adrien Silva. Lançado em 2007 por Paulo Bento, sempre exibiu qualidade, mas foram-lhe faltando minutos, o que atirou para empréstimos em 2010/11 e 2011/12, nomeadamente à Académica.

Inicialmente, parecia tratar-se de um trinco. Em Coimbra ocupou essencialmente os dois lugares mais adiantados do meio-campo. No regresso a Alvalade, com Ricardo Sá Pinto, foi aposta regular como 10.

Mas numa temporada com um desempenho desportivo tão mau a nível coletivo, a performance de Adrien não foi exceção. Ainda assim, como playmaker demonstrou ter pouca velocidade de pensamento e de execução. Tal não favorecia uma rápida circulação de bola junto à área adversária ou uma definição eficaz. O futebol do luso-francês era, tal como o da equipa em geral, bastante denunciado, lento e pouco criativo.

Com Leonardo Jardim, o Sporting passou a jogar com maior regularidade em 4x3x3. William Carvalho é o trinco, André Martins o médio que geralmente se aproxima mais do ponta-de-lança, e Adrien ocupa uma linha intermédia.

Mas atenção, a melhoria do desempenho não se deveu apenas a uma mudança posicional. Este Adrien joga a uma velocidade mais elevada, pensa e executa mais rápido, basicamente, ganhou mais intensidade.

O progresso do seu nível exibicional não se esgota, porém, nas tarefas ofensivas, bem pelo contrário. O n.º 23 leonino é um atleta com grande pulmão, e passa os 90 minutos a morder os calcanhares aos adversários, a pressioná-los e a obriga-los a jogar mal. Quem viu o último Sporting – FC Porto, para a Taça da Liga, terá mesmo ficado deslumbrado.

Há quem fique impressionado pelos poucos golos que os leões sofrem, tendo em conta que Maurício e Rojo não são propriamente dois centrais fiáveis. A justificação passa pelo trabalho intensivo do meio-campo, sempre muito pressionante, a recuperar muitas bolas, a impedir a progressão dos adversários e a não expor o quarteto defensivo.

Neste miolo, para além do já muito badalado William Carvalho, e de André Martins, que até pressiona ao lado de Montero em zonas mais adiantadas, evolui o melhor Adrien de sempre.

E quando este trio se tiver de desfazer por suspensão ou lesão, quem está a altura para ser um digno substituto? É esta a questão que faz a comunidade leonina tremer.







2 comentários:

  1. Só para comentar o último parágrafo...

    Por cada Leão que tombe...outro se levantará...

    O que quer dizer que...: depois se arranjará outra solução...!

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    1. Problemas destes não se resolvem com provérbios, a não ser com aquele que diz "mais vale prevenir do que remediar"

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