domingo, 28 de julho de 2013

O trauma da despromoção


A tarefa de GD Fabril, Amora e Sesimbra não parece ser nada fácil: nos últimos dez anos, só por duas ocasiões um clube que desceu aos distritais da AF Setúbal conseguiu regressar aos nacionais no ano seguinte.
                                      
Curiosamente, nessas duas ocasiões, tanto em 2005 como em 2009, quem alcançou essa proeza foi o Alcochetense, clube que esta época não conseguiu repetir o feito, mas que será certamente um dos candidatos à subida em 2013/14.

Na base de tão poucos casos de desce-sobe poderá estar o choque que é uma descer a um patamar inferior, de passagem de deslocações ao Alentejo, Algarve e Lisboa a uma limitação geográfica no distrito de Setúbal. Os relvados, esses, muitas vezes dão lugar aos pelados. E alguns jogadores, à margem da má época coletiva, conseguem permanecer nos escalões nacionais. Os orçamentos também acabam por ser modificados, à medida das novas exigências.

Subir logo não é, de todo, tarefa fácil, isso é estatisticamente comprovável. Curiosamente, se subir à primeira tentativa no regresso aos distritais é tarefa complicada, a estatística apresenta um dado igualmente interessante: só por uma vez um clube o conseguiu à segunda tentativa na última década, no caso, o Cova da Piedade, na temporada que acabou por findar. Nestas condições entrarão em 2013/14 os Pescadores da Costa da Caparica e o Alcochetense.

Ainda mais curioso é que três das equipas que subiram de divisão o conseguiram à terceira tentativa, ou seja, depois de estarem nos nacionais e terem sido despromovidas, passaram duas épocas de lamentação antes de a glória chegar. Tantas como o aglomerado de ocasiões de promoções no ano seguinte ou dois anos depois. Aconteceu com Barreirense (2011/12), GD Fabril (2006/07) e Almada (2003/04), mas curiosamente, na próxima época nenhum clube se apresentará na I Divisão da AF Setúbal nessas condições.

No entanto, olhando para o passado, a maior tendência é de que quem consegue a promoção terminou a temporada anterior num dos outros dois lugares do pódio, ocorrendo em 50% das vezes na derradeira década. Barreirense (2011/12, depois de 3º lugar), Olímpico do Montijo (2010/11, depois de 2º lugar), Sesimbra (2009/10, depois de 2º lugar), Pescadores (2007/08, depois de 2º lugar) e Almada (2003/04, depois de 3º lugar) fomentam esta ideia. Almada e Alcochetense podem partir assim com estatuto de candidatos.

Uma última palavra para o grupo de equipas que fica entre o 4º e 6º lugar, já que por três vezes partiu daí o campeão do ano seguinte: Cova da Piedade (2012/13, depois de 5º lugar e 2005/06, depois de 6º lugar) e GD Fabril (2006/07, depois de 4º lugar). Alfarim, O Grandolense e Comércio e Indústria ocuparam essa posição em 2012/13.

As estatísticas estão apresentadas, e informam sobre tendências na 1ª Divisão da AF Setúbal, que certamente terão as suas justificações, no entanto, é dentro das quatro linhas e com a bola nos pés que se podem, ou não, confirmar.


Quem é o principal candidato à subida de divisão?
  
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