Esta tarde, no Estádio Sir Darius ir Sir
Girenas, em Kaunas, a Sérvia derrotou Portugal por 3-2 nas grandes penalidades,
depois de 2-2 no final do prolongamento. Djurdjevic e Gacinovic apontaram os
golos sérvios, e Bernardo Silva e Alexandre Guedes os portugueses. Mitrovic
cobrou o penalty decisivo.
Eis a constituição das equipas:
Sérvia
A Sérvia terminou o Grupo B em 1º lugar, com sete pontos.
A seleção dos Balcãs é a mais amarelada da competição: dez
advertências.
Meleg, Lukovic, Mitrovic e Pavlovski marcaram os golos na
prova.
Vojvodic falhará
o encontro, por suspensão.
Portugal
Portugal ficou em 2º no Grupo A, com seis pontos, apenas
atrás da Espanha.
A seleção lusa tem o melhor ataque deste Europeu de Sub-19:
oito golos marcados!
Alexandre Guedes (2), Ricardo Horta, Leandro Silva, Marcos
Lopes, Tobias Figueiredo e Carlos Mané apontaram os tentos na prova.
Cronómetro:
Sérvia melhor no encontro. Portugal pouco agressivo.
Inversão do triângulo do meio-campo luso: Podstawski mais atrás, e
Bernardo Silva e Marcos Lopes à frente.
Intervalo.
Fim do tempo regulamentar.
Inicio do prolongamento.
Mesmo sem arriscar muito, era Portugal quem mais procurava o golo. A
Sérvia tentava sobretudo apostar em futebol direto.
No Intervalo do tempo extra, João Teixeira substituiu Bernardo Silva.
Final do prolongamento.
Decisão nas grandes penalidades:
0-1
Edgar
Ié;
Pavlovski acertou no poste;
0-2
Ricardo
Horta;
1-2 Milinkovic-Savic;
Alexandre Guedes permitiu a defesa de Rajkovic;
Bruno Varela defendeu remate de Meleg;
Rafa atirou para fora;
2-2 Gacinovic;
Rajkovic defendeu penalty de
João Teixeira;
3-2 Mitrovic.
A Sérvia qualifica-se assim para a final do Europeu de Sub-19.
Análise:
A Sérvia entrou melhor no encontro. Acusou menos ansiedade, foi mais
agressiva e conseguiu praticar um futebol mais fluído, e por isso chegou à vantagem
logo aos 6’ ,
por Djurdjevic, correspondendo da melhor forma a um cruzamento de Golubovic.
A seleção dos Balcãs continuou a superiorizar-se, perante os
comandados de Emílio Peixe que pareciam não ter soluções ofensivas.
Pouco depois da meia hora, o técnico português lançou Ricardo Horta e
inverteu o triângulo do meio-campo, jogando apenas com um trinco e dois
jogadores criativos como médios-interiores. Os efeitos desta alteração
sentiram-se sobretudo na segunda parte, em que a formação lusa foi superior e
conseguiu virar o resultado, por intermédio de Bernardo Silva e Alexandre
Guedes, em dois bons lances coletivos.
No entanto, quando já se pensava que a presença na final estava já
garantida, Gacinovic apontou o 2-2
a cinco minutos do fim e levou a decisão para o
prolongamento.
Nos 30 minutos que se seguiram, os sérvios procuraram um futebol
direto enquanto que os portugueses foram quem mais tentaram evitar a decisão
nos pontapés da marca de grande penalidade, mas não houve golos e a decisão
seguiu mesmo os penaltys, onde a Sérvia foi mais feliz.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Sérvia…
Rajkovic (FK Jagodina), muito seguro, resolveu com serenidade e até alguma classe
uma situação em que foi obrigado a driblar um atacante português, aos 12’ , e defendeu duas grandes
penalidades decisivas;
Golubovic (OFK Beograd) fez o cruzamento para o 1-0;
Veljkovic (Tottenham) esteve assertivo; Filipovic (FK Jagodina)
deixou-se antecipar por Alexandre Guedes no lance do 1-2; e Antic (Rad
Beograd) saiu a meio do segundo tempo, devido a queixas físicas;
Maksimovic (?) é um médio muito trabalhador; Milinkovic-Savic
(FK Vojvodina) foi perdendo gás e agressividade ao longo do encontro; e Pavlovski
(OFK Beograd) foi dos que mais cedo acusou o desgaste;
Djurdjevic (Rad Beograd) inaugurou o marcador, com
um belo cabeceamento; Lukovic (BASK Belgrado) tem um bom pé esquerdo,
gosta de fletir do flanco para a zona central, mas foi o menos participativo
entre os homens do ataque; e Mitrovic (Partizan) é um avançado de grande
capacidade física e técnica, que apontou o penalty
decisivo;
Urosevic (Rad Beograd), habitual médio de características defensivas, entrou para o
lugar de lateral-esquerdo; Meleg (Ajax) não apareceu tanto quanto se
desejaria; e Gacinovic (FK Vojvodina) deu alguma dinâmica e apenas
precisou de cinco minutos em campo para marcar.
Quanto aos jogadores de Portugal…
Bruno Varela (Benfica) não teve qualquer tipo de
responsabilidades nos golos sofridos;
João Cancelo (Benfica) subiu com frequência pelo seu
flanco, procurando muitas vezes cruzar para o interior da área; Tobias
Figueiredo (Sporting) e Edgar Ié (Barcelona) foram algo passivos na
sua colocação e abordagem a todo o lance que deu o 1-0 à Sérvia, tendo o
segundo sido ultrapassado com alguma facilidade por Gacinovic, no segundo golo
dos sérvios; e Rafa (FC Porto) deu profundidade ao seu corredor,
sobretudo na segunda parte, onde fez o cruzamento para o 1-2, mas deixou que
Gacinovic aparecesse nas suas costas, na jogada do 2-2;
Leandro Silva (FC Porto) e Tomás Podstawski (FC
Porto) entraram pouco agressivos no encontro, tendo o primeiro sido sacrificado
ainda na primeira parte; e Bernardo Silva (Benfica) apontou o 1-1;
Carlos Mané (Sporting) foi influente na jogada do
primeiro tento português; Marcos Lopes (Man. City) mudou-se para o miolo
após a entrada de Ricardo Horta, aparecendo mais no jogo a partir de então; e Alexandre
Guedes (Sporting) esteve desapoiado, mas ainda assim, apontou o segundo
golo minutos depois de ter acertado no poste;
Ricardo Horta (Vit. Setúbal) entrou para o corredor
direito, e fez a assistência para o golo do empate; Hélder Costa
(Benfica) acrescentou alguma dinâmica; e João Teixeira (Benfica)
refrescou o miolo.
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