sexta-feira, 12 de julho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Itália em 2020

Itália ganhou o Euro 2020 em... 2021
O Euro 2020 ficou marcado por um conceito inovador, que o levou a ser disputado em onze cidades de países diferentes de uma ponta a outra da Europa. Também foi o primeiro Campeonato da Europa com vídeo árbitro (VAR) e cinco substituições. Outra novidade, ainda que forçada, foi a sua realização em… 2021, devido à eclosão da pandemia de covid-19.
 
Como se toda esta confusão não fosse suficiente, a fase de qualificação foi dividida em 10 grupos, sendo que os dois primeiros de cada agrupamento se apuravam para a fase final. As outras quatro vagas foram preenchidas através de playoffs que tinham em conta o desempenho na Liga das Nações e um dos playoffs era exclusivo de seleções da Liga D dessa competição, o que possibilitou a estreia da Macedónia do Norte num grande torneio.
 
A vencedora do Euro 2020 foi Itália, que respondeu da melhor maneira ao não apuramento para o Mundial 2018, tendo vencido os dez jogos da fase de qualificação, reinando tranquilamente no Grupo J, que continha também Finlândia, Grécia, Bósnia e Herzegovina, Arménia e Liechtenstein.
 
Por Roma ser uma das onze cidades que acolhiam jogos da fase final, a seleção comandada por Roberto Mancini disputou os três jogos da fase de grupos na capital do seu país, o que se traduziu em três vitórias.
 
Na partida inaugural do torneio, a squadra azzurra bateu a Turquia por 3-0, com golos de Demiral na própria baliza (53 minutos), Immobile (66’) e Insigne (79’).
 
 
 
 
Seguiu-se a Suíça, que foi derrotada pelo mesmo resultado (3-0) em Roma. O médio Locatelli bisou (26 e 52 minutos), enquanto Immobile faturou à beira do apito final (89’).
 
 
 
Com o apuramento já garantido, mas com o primeiro lugar ainda não assegurado, na partida da terceira jornada Mancini promoveu uma revolução no onze, mas as segundas linhas deram boa resposta, vencendo o País de Gales por 1-0. O único golo do encontro foi apontado por Pessina aos 39 minutos.
 
 
 
Itália tinha feito o pleno na fase de grupos e estava a ser das seleções mais convincentes do torneio, mas falta ver o seu comportamento fora de Roma. E, verdade seja dita, foi com muita dificuldade que levou de vencida a Áustria no Estádio de Wembley, em Londres, em jogo dos oitavos de final. Depois de 90 minutos sem golos, Chiesa adiantou a squadra azzurra no início do prolongamento, aos 95’. Pessina fez o 2-0 no final da primeira parte (105’). O melhor que os austríacos conseguiram foi reduzir a desvantagem, por intermédio de Sasa Kalajdzic (114’).
 
 
 
Seguiu-se o confronto com a Bélgica (sem o lesionado Eden Hazard) nos quartos de final, em Munique, num encontro no qual se marcaram três golos, todos na primeira parte: Barella adiantou Itália aos 31 minutos, Insigne aumentou a vantagem aos 44’ e Lukaku reduziu aos 45+2’ na conversão de uma grande penalidade. A pior notícia para a squadra azzurra neste encontro surgiu ao minuto 80, quando uma das suas melhores unidades até então neste Europeu, o lateral Leo Spinazzola, sofreu uma rotura no tendão de Aquiles.
 
 
 
O grau de dificuldade aumentava de jogo para jogo, e nas meias-finais Itália defrontou Espanha em Wembley. Chiesa adiantou os transalpinos à passagem da hora de jogo, mas Morata empatou aos 80’ e adiou a decisão para prolongamento e consequentemente para o desempate por penáltis. Nessa ocasião, a squadra azzurra vingou a derrota no desempate dos quartos de final do Euro 2008 e levou a melhor, vencendo por 4-2. Morata, que havia marcado no chamado tempo regulamentar, falhou a grande penalidade decisiva.
 
 
 
Já se sabia que a final seria em Wembley, mas não se sabia que Inglaterra teria a possibilidade de disputar o troféu em casa. “It’s coming home”, repetiam os ingleses nos dias que antecederam a final diante de Itália. E as coisas até lhes começaram a correr bem, com Luke Shaw a abrir o ativo logo aos dois minutos. Essa vantagem durou mais de uma hora, mas Bonucci restabeleceu a igualdade aos 67’. O 1-1 perdurou até ao final do prolongamento, o que levou a final a ser decidida no desempate por penáltis. Aí Itália foi mais forte, tendo vencido por 2-1 e reconquistado o título que lhe escapava desde 1968.
 
 
 

Os campeões

 
Guarda-redes: Salvatore Sirigu (Torino), Gianluigi Donnarumma (AC Milan) e Alex Meret (Nápoles)
 
Defesas: Giovanni Di Lorenzo (Nápoles), Giorgio Chiellini e Leonardo Bonucci (ambos Juventus), Leonardo Spinazzola (Roma), Emerson Palmieri (Chelsea), Francesco Acerbi (Lazio), Alessandro Bastoni (Inter), Alessandro Florenzi (Paris Saint-Germain) e Rafael Tolói (Atalanta)
 
Médios: Manuel Locatelli (Sassuolo), Marco Verratti (Paris Saint-Germain), Gaetano Castrovilli (Fiorentina), Jorginho (Chelsea), Matteo Pessina (Atalanta), Bryan Cristante (Roma) e Nicolò Barella (Inter)
 
Avançados: Federico Chiesa e Federico Bernardeschi (ambos Juventus), Andrea Belotti (Torino), Lorenzo Insigne (Nápoles), Domenico Berardi e Giacomo Raspadori (ambos Sassuolo) e Ciro Immobile (Lazio)
 
Selecionador: Roberto Mancini 




 

 




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