quarta-feira, 29 de maio de 2024

O percurso dos campeões europeus: Espanha em 1964

Espanha tornou-se na primeira anfitriã a vencer o Euro
Pela primeira de três vezes, em 1964 a seleção anfitriã venceu o Campeonato da Europa, na altura ainda denominado Taça das Nações Europeias.
 
Depois do êxito da primeira edição, o número de participantes na fase de qualificação passou de 17 para 29, tendo sido disputado nos mesmos moldes de 1960: fase a eliminar a duas mãos antes de uma final four, que desta vez se realizou em Espanha.
 
Espanha despachou a Roménia na pré-eliminatória, com uma vitória por 6-0 no Santiago Bernabéu antes de uma derrota por 3-1 em Bucareste.
 
 
 
 
Nos oitavos de final, la roja revelou ansiedade na receção à Irlanda do Norte, não indo além de um empate a um golo em Bilbau. A retificação surgiu em Belfast, com vitória espanhola por 1-0.
 
Nos quartos de final, Espanha defrontou a outra Irlanda, e eliminou-a facilmente, com goleada em Sevilha (5-1) e uma vitória um pouco mais modesta em Dublin (2-0).
 
 

Seguiu-se a final four. No Santiago Bernabéu e perante a poderosa Hungria, Espanha necessitou de prolongamento para levar de vencida a seleção magiar, orientada por Lajos Baroti. Depois de Perede ter adiantado la roja aos 35 minutos, Bene empatou aos 84’. Valeu Amancio aos 112’ a carimbar o apuramento para a final, numa jogada polémica, pois o jogador húngaro Nagy estava caído no relvado aquando da marcação do canto que deu origem ao golo.
 
 
 
Quatro dias depois, Espanha voltaria ao Santiago Bernabéu para a grande final, frente à detentora do título, a União Soviética, que havia batido a Dinamarca nas meias-finais. Se a final terminasse empatada nos 120 minutos, seria necessário jogar uma finalíssima no Mestalla, em Valencia, mas não foi preciso. Num domingo de chuva, Pereda adiantou la roja aos seis minutos, mas Khusainov empatou logo a seguir (8’). Já na reta final do desafio, Marcelino apontou o golo que valeu a conquista do cetro europeu.
 
 
 

Os campeões

 
Guarda-redes: José Ángel Iribar (Athletic Bilbau) e Salvador Sadurní (Barcelona)
 
Defesas: Isacio Calleja e Feliciano Rivilla (ambos Atlético Madrid), Gallego (Sevilha), Ferran Olivella (Barcelona) e Severino Reija (Saragoça)
 
Médios: Luis del Sol (Juventus), Josep Maria Fusté e Chus Pereda (ambos Barcelona), Paquito (Valencia) e Ignacio Zoco (Real Madrid)
 
Avançados: Amancio Amaro (Real Madrid), Carlos Lapetra e Marcelino (ambos Saragoça) e Luis Suárez (Inter de Milão)
 
Selecionador: José Villalonga





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