A minha primeira memória de… um jogo entre Sp. Braga e Paços de Ferreira

Pacense Luiz Carlos e bracarense Hélder Barbosa em disputa de bola

Embora seguisse futebol desde 2000 e o Paços de Ferreira seja desde essa altura cliente habitual da I Liga, o primeiro jogo de que me lembro entre os pacenses e o Sp. Braga remonta a 20 de abril de 2012, uma sexta-feira, naquele que foi o jogo de abertura da 27.ª jornada da I Liga.

 

Os bracarenses, então orientados por Leonardo Jardim, chegaram a intrometer-se na luta pelo título entre o FC Porto de Vítor Pereira e o Benfica de Jorge Jesus, mas caíram para o 3.º lugar após derrotas consecutivas nas jornadas 24 e 25. No plantel constavam os nomes dos internacionais portugueses Quim, Miguel Lopes, Custódio, Hugo Viana (falhou o jogo devido a castigo) e Rúben Amorim (lesionado), assim como o do avançado brasileiro Lima.

 

Já o Paços de Ferreira, que chegou a estar em posição delicada, caminhou rumo à tranquilidade após a entrada de Henrique Calisto para o comando técnico, tendo começado a construir algumas das bases que haveriam de levar a equipa, já sob a orientação de Paulo Fonseca, a alcançar o 3.º lugar no campeonato na época seguinte. Quando falo em bases refiro-me, por exemplo, ao trio de médios: André Leão (equilibrador), Luiz Carlos (box to box) e Vítor (playmaker). O guarda-redes Cássio e o central Ricardo, habituais titulares na temporada que se seguiu, também já estavam de pedra e cal no onze, assim como o lateral direito Tony, que falhou a receção aos bracarenses devido a lesão.

 

Na Mata Real, o jogo começou equilibrado, a um ritmo lento, apesar de um remate de Vítor à trave logo aos dez minutos.

 

Pouco depois, aos 21’, Vinícius foi expulso por acumulação de cartões amarelos e deixou o Sp. Braga reduzido a apenas dez homens. E como um mal nunca vem só, os bracarenses também ficaram em desvantagem no marcador, aos 26’, com Vítor a rematar colocado para o fundo das redes de Quim.

 

Entretanto, o jogo ficou dez contra dez ainda antes do intervalo, devido à expulsão por vermelho direto de Caetano, após entrada dura sobre Elderson. No início do segundo tempo o Paços ficou mesmo a jogar com menos um, devido à expulsão por acumulação de amarelos de Luisinho.

 

Com mais uma unidade em campo, o Sp. Braga foi atrás do golo e chegou ao empate aos 80’, por intermédio de Nuno Gomes, na recarga a um remate de Carlão que embateu no ferro. O então já veterano internacional português dispôs de uma grande oportunidade para fazer o 1-2, mas desperdiçou-a, permitindo que a igualdade permanecesse até ao apito final.

 

Numa espécie de crónica redigida para este blogue, escrevi que foi “um empate que se ajusta ao que se viu dentro das quatro linhas”, num jogo que foi “um espetáculo maioritariamente pobre e com um ritmo baixo”.

 

Individualmente destaquei do lado pacense “algumas boas intervenções” de Cássio, a “dupla sólida” formada por Ricardo e Cohene, a importância de André Leão “no omento da recuperação de bola”, o “incansável” Luiz Carlos, o “desequilibrador” Melgarejo e a “força, mobilidade e técnica” de Míchel.

 

Do lado bracarense salientei a qualidade das subidas de Miguel Lopes pelo seu flanco, a subida de produção de Mossoró na segunda parte e a dinâmica oferecida por Nuno Gomes na segunda parte.