terça-feira, 13 de setembro de 2022

A minha primeira memória de… um jogo entre FC Porto e equipas belgas

Gigante checo Jan Koller marcou o golo que decidiu a pré-eliminatória
A minha primeira memória de um jogo entre FC Porto e equipas belgas remonta aos meus primórdios enquanto seguidor de futebol, no ano de 2000, quando os dragões mediram forças com o Anderlecht na terceira pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.
 
Na altura, os portistas eram orientados por Fernando Santos e tinham acabado de perder Mário Jardel, para o qual ainda não tinham encontrado substituto. Vítor Baía atravessava um longo período de recuperação a uma lesão e jogadores como Aloísio e Drulovic estavam em fim de ciclo nas Antas.
 
Já o Anderlecht, comandado por Aimé Anthuenis, tinha uma equipa composta por alguns internacionais belgas que tinham marcado presença no Euro 2000, como o ex-guarda-redes sportinguista Filip De Wilde, o central Lorenzo Staelens, o médio Yves Vanderhaeghe e o ala/extremo Bart Goor. O gigante ponta de lança checo Jan Koller (2,02 m) também tinha marcado presença nesse Campeonato da Europa.
 

No primeiro jogo, a 9 de agosto de 2000 no Estádio Constant Vanden Stock, em Bruxelas, a equipa da casa venceu por 1-0, graças a um golo de Koller, através de um cabeceamento de cima para baixo na resposta a um cruzamento de Crasson, aos 37 minutos.
 
“O FC Porto apresentou em Bruxelas um projeto de acesso à Liga dos Campeões, mas não conseguiu fazê-lo aprovar. É certo que ainda tem mais uma oportunidade para o conseguir, mas para tal precisa de limar uma quantidade de arestas. A obra é de monta e de importância capital para o clube, tanto em termos desportivos como financeiros. O resultado, sendo dos mais traiçoeiros que há em provas a eliminar, deixa tudo em aberto, mas a equipa portista tinha obrigação de fazer melhor, independentemente de ter demonstrado alguma falta de andamento provocado pelo facto de este ser o primeiro jogo oficial da temporada. Frente a uma equipa poderosa, mas permeável, ficou a ideia de que alguns dos intérpretes escolhidos não se ajustavam ao sistema de jogo idealizado, para além de um chorrilho de passes errados, em parte provocados pela notória falta de entrosamento”, escreveu o jornal O Jogo.



Duas semanas depois, nas Antas, o Anderlecht segurou o empate a zero e assegurou a passagem para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
 
“Pela primeira vez, desde que o novo figurino da Liga dos Campeões existe, o FC Porto não vai disputar a denominada fase dos milhões. Um duro revés para os dragões, um revés injusto, acrescente-se, já que a turma das Antas não merecia ter sido quarta-feira eliminada pelos belgas do Anderlecht. Um nulo - não obstante as muitas oportunidades de golo construídas pelos portistas - que fez ruir o sonho e que significa uma enorme desilusão em termos desportivos e financeiros”, sintetizou o Record.








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