A minha primeira memória de… um jogo entre Real Madrid e Espanyol

Arbeloa tenta desarmar Coutinho num jogo no Bernabéu

Embora acompanhe futebol desde meados de 2000 e o Espanyol tivesse sempre participado na I Liga Espanhola desde então até 2020, a minha primeira memória de um jogo entre o Real Madrid e a equipa catalã remonta a 4 de março de 2012, numa altura em que eu acompanhava muito os merengues, pois o treinador era José Mourinho e os portugueses Cristiano Ronaldo, Pepe, Fábio Coentrão e Ricardo Carvalho integravam o plantel.

 

À partida para esse encontro da 24.ª jornada do campeonato, disputado no Santiago Bernabéu, os blancos lideravam a liga com mais sete pontos do que o Barcelona, mas tinham um jogo a menos. A conquista do título espanhol, que fugia desde 2008, parecia estar encaminhada.

 

Já o Espanyol, então orientado por um técnico argentino em ascensão chamado Mauricio Pochettino, que tinha sido jogador do clube entre 1994 e 2001 e entre 2004 e 2006, estava a meio da tabela, com 33 pontos, apenas menos quatro que o quarto classificado e última equipa em zona de acesso à Liga dos Campeões (Athletic Bilbau), menos dois do que o sexto e última equipa em zona de aceso à Liga Europa (Osasuna) e mais nove do que a primeira equipa em zona de despromoção (Racing Santander). No plantel pontificavam nomes como o então futuro guarda-redes internacional espanhol Kiko Casilla, o central internacional mexicano Héctor Moreno, o médio defensivo internacional costa-marfinense Romaric, o extremo internacional eslovaco Vladimír Weiss e o médio ofensivo internacional brasileiro Philippe Coutinho, na altura emprestado pelo Inter de Milão.

 

Tal como aconteceu muitas vezes nessa temporada, o Real Madrid brindou os seus adeptos com uma goleada no Bernabéu. 5-0. Uma manita, como dizem os espanhóis.

 

Aos 23 minutos, surgiu o primeiro golo: o central Raul Rodríguez, pressionado por três jogadores errou um passe e entregou a bola em Ozil, que serviu Higuaín e este posteriormente a Cristiano Ronaldo, que à boca da baliza fez o seu 30.º golo nessa edição da Liga Espanhola. Um quarto de hora depois, Khedira iniciou e conclui com golo uma jogada de envolvimento coletivo em que a bola também passou pelos pés de Ronaldo e Ozil.

 

Logo a abrir o segundo tempo, Kaká serviu Higuaín para o 3-0 (47’) e quase vinte minutos depois os papéis inverteram-se, com o argentino a assistir o brasileiro para o quarto golo merengue (66’). A dupla sul-americana voltou a estar em evidência no lance do 5-0, com Kaká uma vez mais a servir Higuaín.

 

 

Numa crónica redigida para este blogue, falei numa “vitória justíssima” do Real Madrid, “com números adequados ao que se viu em campo”, pois a equipa da capital espanhola esteve “por cima durante os 90 minutos, nunca tirando o pé do acelerador e com muitos jogadores a terem exibições a roçar a perfeição”.

 

Individualmente, além das participações de Ozil, Cristiano Ronaldo, Kaká e Higuaín nos golos dos blancos, destaquei o guarda-redes do… Espanyol, Kiko Casilla, “provavelmente o melhor em campo”, e notei a qualidade técnica de Coutinho.