A minha primeira memória de… um jogo entre Real Madrid e Sevilha

Cristiano Ronaldo inaugurou o marcador no Bernabéu

Tenho uma vaga ideia de pelo menos um jogo na primeira década do século XXI em que o Sevilha bateu o Real Madrid no Ramón Sánchez Pizjuán, mas a minha primeira real memória de um jogo entre as duas equipas remonta à manhã de 29 de abril 2012, quando os dois conjuntos se defrontaram no Santiago Bernabéu.

 

Na altura, os andaluzes, então orientados pela antiga glória merengue Míchel, atravessavam a sua pior fase desde 2003, uma vez que à entrada para o encontro na capital espanhola ocupavam o modesto 9.º lugar, posição em que haveriam de terminar a edição 2011-12 do campeonato espanhol. Na época seguinte, voltariam a concluir a prova no 9.º posto.

 

Ainda sem o obreiro do sucesso na Liga Europa entre 2014 e 2016, Unai Emery, as principais figuras da equipa eram os internacionais espanhóis Jesús Navas (na altura ainda um extremo), Fernando Navarro, José Antonio Reyes e Álvaro Negredo, assim como outros jogadores internacionais por outros países como o central argentino Federico Fazio, o médio alemão Piotr Trochowski e o médio croata Ivan Rakitic.

 

Já o Real Madrid era comandado por José Mourinho, tinha Cristiano Ronaldo no auge da carreira e um onze-base fácil de decorar: Casillas; Arbeloa, Pepe, Sergio Ramos e Marcelo (ou Fábio Coentrão); Xabi Alonso e Khedira; Di María, Ozil e Cristiano Ronaldo, Benzema. Os blancos vinham de um decisivo triunfo em Camp Nou e, em caso de triunfo sobre o Sevilha no Bernabéu e de derrota do Barcelona no terreno do Rayo Vallecano, sagrar-se-iam campeões nacionais nesse mesmo fim de sabe e quebrariam a hegemonia do tricampeão Barça.

 

O Real Madrid acabou por ter de esperar mais uns dias para confirmar a conquista do título, mas fez a sua parte no Bernabéu diante do Sevilha nessa manhã de abril, tendo vencido tranquilamente por 3-0.

 

Cristiano Ronaldo inaugurou o marcador aos 19 minutos, depois de ter tirado Coke do caminho, a passe de Benzema. No início do segundo tempo, Di María cruzou rente ao relvado para Benzema, que face à passividade de Coke em aliviar a bola, só teve de a encostar para o fundo das redes (49’). Logo a seguir, o avançado francês bisou, após grande cruzamento de Sergio Ramos a partir da direita (52’).

 

Num artigo que redigi para este blogue, descrevi o primeiro tempo como “equilibrado”. “O Real Madrid não entrou com o pé no acelerador, mas quando o fez, colocou-se em vantagem. Até ao intervalo, assistiu-se a um jogo dividido, com oportunidades para ambos os lados marcarem”, escrevi. “Pensava-se que a discussão ia continuar nos últimos 45 minutos, mas os merengues arrumaram o assunto logo no início da segunda parte, com um bis de Benzema. partir daí, os andaluzes mostraram-se conformados com a derrota e os comandados de José Mourinho também não mostraram grande preocupação em ampliar o resultado”, concluí, sem me deslumbrar nas apreciações individuais aos jogadores.

 

 

 

No início da época seguinte, o Sevilha recebeu e bateu o Real Madrid no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán por 1-0, com Trochowski a marcar o único golo do encontro logo aos dois minutos, na sequência de um canto apontado por Rakitic.