quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

A minha primeira memória de… um jogo entre Man. United e Newcastle

Paul Scholes apontou um hat trick na goleada em St. James Park
Não vi o jogo nem me lembrava bem da época, mas recordava-me perfeitamente do (estrondoso) resultado e de que na altura se salientou bastante o facto de os adeptos do Newcastle terem ficado a aplaudir até ao fim nas bancadas apesar da goleada que a equipa deles estava a sofrer em casa, no St. James Park.


2-6, uma vitória gorda do Manchester United numa altura em que os magpies eram uma das equipas de topo da Premier League e clientes habituais das competições europeias. Aliás, nessa época tinham chegado à segunda fase de grupos da Liga dos Campeões e, à data do encontro, ocupavam o 3.º lugar na liga inglesa, a seis pontos dos líderes Arsenal e Manchester United. Numa fase em que o Liverpool andava oscilante, o Chelsea ainda não era propriedade de Roman Abramovich e o Tottenham e o Manchester City eram apenas equipas do meio da tabela, cabia ao Newcastle de Sir Bobby Robson fazer sombra a gunners e red devils.

Se não fosse a importância que a formação do Nordeste de Inglaterra tinha naqueles anos da viragem do milénio, muito provavelmente não me recordaria do resultado daquele confronto de 12 de abril de 2003. Cristiano Ronaldo ainda não estava na equipa de Old Trafford, o que não significa que não tivessem estado portugueses em campo. Pois é, Hugo Viana disputou esse encontro de má memória, para os magpies e para ele, que entrou aos 15 minutos para substituir o médio francês Laurent Robert – que mais tarde jogaria no Benfica – e saiu aos 66 para ceder lugar ao congolês LuaLua.


Apesar da derrota pesada, o Newcastle até começou muito bem o jogo, tendo inaugurado o marcador aos 21 minutos através de um fantástico remate de fora da área por parte de Jermaine Jenas.

O pior para os magpies veio depois, com os contornos da goleada a serem desenhados ainda na primeira parte. Ole Gunnar Solskjær empatou o encontro aos 32’ a passe de Ryan Giggs e logo a seguir Paul Scholes bisou de rajada: o primeiro golo foi digno de um lance de futebol de praia, com grande assistência de Solskjaer (34’); o segundo foi um remate fulminante à entrada da área, servido por Wes Brown na sequência de um pontapé de canto (38’). E antes do intervalo ainda houve tempo para Giggs fazer o 1-4, na recarga a um disparo de John O’Shea à trave (44’).

No segundo tempo, Alex Ferguson começou por poupar Giggs e O’Shea, colocando dentro do terreno de jogo Diego Forlán e Gary Neville, que contribuíram para o avolumar do resultado. O lateral inglês fez a assistência para o hat trick de Scholes (52’), enquanto o atacante uruguaio cavou a grande penalidade que Ruud van Nistelrooy transformou em golo (58’). “Aquando do começo da segunda parte, St. James Park parecia uma gigante máquina de pinball para o Manchester United”, descreveu o The Guardian na perfeição.

Na última meia hora os red devils abrandaram, perderam o foco e isso notório no lance do segundo golo do Newcastle, com o recém-entrado Shola Ameobi a aproveitar uma série de desatenções defensivas para atenuar um pouco os estragos (89’).


“O Manchester United colocou a pressão da Premier League no Arsenal com uma implacável goleada com seis golos sobre o Newcastle em St. James Park”, resumiu a BBC.









E para o caro leitor, qual é o primeiro jogo entre Newcastle e Manchester United de que tem memória? E quais foram as melhores e mais marcantes jogos de sempre entre as duas equipas?



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