terça-feira, 18 de junho de 2019

Lucas Pratto. O urso bombardeiro do River Plate

Pratto foi decisivo na conquista da Libertadores pelo River
Conhecido por el oso [o urso] devido à sua robustez física que em muitos momentos da carreira terá roçado o excesso de peso, Lucas Pratto tem feito do 1,88 m e dos cerca de 90 quilos uma solução e não um problema.

Tanto assim é que tem deixado marca em quase todos os clubes por onde passou, sobretudo após a experiência infeliz nos italianos no Génova em 2011/12. Contribuiu com golos para o título argentino do Vélez Sarsfield em 2013, manteve a veia goleadora nos brasileiros do Atlético Mineiro e do São Paulo e foi decisivo nas conquistas da Libertadores e da Recopa Sul-Americana por parte do River Plate. Pelo meio, chegou a ser falado para a seleção canarinha, mas a albiceleste antecipou-se e deu-lhe o estatuto de internacional (cinco jogos/dois golos), o que não é de todo fácil atendendo à concorrência de nomes como Messi, Higuaín, Aguero ou Icardi, só para citar alguns.


Aos 31 anos e aparentemente em melhor estado físico do que quando alinhava no Vélez, por exemplo, combina robustez a mobilidade e oportunismo, o que o torna num avançado muito perigoso nos últimos 30 metros. Dotado de prontidão e potência de remate, é daqueles a quem não se pode conceder um centímetro em zona de finalização.

Porém, o bombardeiro formado no Boca Juniors e que agora veste a camisola do rival River Plate não brilha apenas na área. Quando a equipa opta por um futebol mais apoiado, recua para receber a bola de costas para a baliza e participar na criação dos ataques, sendo típico o seu gesto de procurar um companheiro desmarcado no flanco e entregar-lhe a bola, avançando para a área em seguida para concluir um possível cruzamento. Por ser muito possante, segura bem a bola, protegendo-a com o corpo e aguentando bem as cargas dos adversários.


E quando os homens de Marcelo Gallardo procuram um futebol mais direto, Pratto é a principal referência dos millonarios para ganhar a primeira bola. Ou então, ataca a profundidade, mostrando ter a explosão necessária para o fazer com qualidade.

Na Europa não foi além de 42 jogos distribuídos pelos noruegueses do Lyn e pelos italianos do Génova, mas na América do Sul é um rosto bem conhecido das principais competições continentais e do campeonato argentino.














Sem comentários:

Enviar um comentário