terça-feira, 7 de maio de 2019

Kannemann. O viking argentino que se impôs na defesa do Grêmio

Kannemann é um dos líderes do balneário do Grêmio
Para muitos, o melhor zagueiro a atuar no Brasil. Wálter Kannemann chegou ao Grêmio em meados de 2016 impôs-se desde logo como titular ao lado de Geromel (ex-Desp. Chaves e V. Guimarães), com o qual tem formado uma dupla de sucesso.

Nascido em Concepción del Uruguay, no interior da Argentina, o viking, como é conhecido na América do Sul, foi formado e estreou-se como profissional no San Lorenzo, clube pelo qual ganhou uma Libertadores em 2014, troféu que voltaria a conquistar pelo tricolor gaúcho três anos depois. Pelo meio, passou pelos mexicanos do Atlas.


Aos 28 anos, pode parecer velho para voos maiores, mas o elevado nível que atingiu nos últimos anos levou-o à seleção argentina, tendo entrado em todas as convocatórias do pós-Mundial 2018 e somado já cinco internacionalizações, e ao radar de vários clubes importantes do futebol europeu. O Atlético Madrid, que se prepara para perder Godín, e o Arsenal foram alguns dos que manifestaram interesse, de acordo com a imprensa. Mas emblemas de menor dimensão das principais ligas, como os espanhóis do Levante e os italianos do Cagliari, também o têm seguido atentamente.

Se a idade é um contra, o passaporte italiano (e consequente estatuto de comunitário na União Europeia) é um ponto a favor para o central, que tem contrato até dezembro de 2022. O mais difícil será mesmo convencer o Grêmio, que respira saúde financeira depois da transferência de Arthur para o Barcelona por 41 milhões de euros e provavelmente venderá Éverton para a Europa no verão.


Mas mais do que o percurso e os números do jogador, importa falar das características. Não é muito alto para zagueiro (1,83 m), mas compensa bem a falta de estatura com um grande poder de impulsão, não perdendo no jogo aéreo para adversários maiores. Sempre muito agressivo, entrega-se de forma com muita agressividade (no bom sentido) a cada disputa de bola, mostrando sentido posicional e apoios bem colocados para estar no sítio certo à hora certa.

Outra muito qualidade de Kannemann muito apreciada é o seu jogo de pés. Além de entregar bem a bola, sai bem a jogar, sendo capaz de romper no meio-campo contrário com a bola conduzida, queimando linhas e causando desequilíbrios. E o facto de ser canhoto é uma mais-valia, porque há treinadores que gostam de ter um central canhoto no lado esquerdo do eixo defensivo, num mundo em que os destros estão em maioria.



















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