sábado, 25 de novembro de 2017

Gelson Martins e a falta de HD

Futebol de Gelson Martins necessita de ganhar resolução
Gelson Martins é, indubitavelmente, o jogador mais desequilibrador deste Sporting. A sua qualidade individual serve para ultrapassar e contornar defesas, abrindo espaços e caminhos para a baliza adversária, dando um plus ao jogo ofensivo montado por Jorge Jesus.

O extremo de 22 anos tem, como nenhum outro no plantel, um vasto reportório de fintas, contrastando com as características de Acuña ou Bruno César, e conseguindo ser (muito) mais preponderante do que Daniel Podence e Iuri Medeiros.


Contudo, ao contrário do argentino – com quem partilha o estatuto de titular -, que tem como principais armas a assertividade e a qualidade nos cruzamentos, o internacional português ainda está muito verde na definição dos lances. É comum, depois de tirar um oponente do caminho, perder algum tempo ou voltar para trás, permitindo o reposicionamento do defensor. Ou então, na hora H de último passe ou remate, acabar por decidir a opção mais errada.

Se é verdade que o ecrã do futebol de Gelson é bem colorido, e que por isso JJ e Fernando Santos lhe pedem constantemente para ir para cima dos defesas, é igualmente válido que a esse monitor falta alta definição (HD). Por seu lado, o jogo de Acuña é uma espécie de televisor a preto e branco mas em HD, o de Bruno César é um daqueles pequenos e antigos mas que serve na maravilha para ter num quarto, o de Podence tem consistentes intermitências e o de Iuri Medeiros não dá sinal.

A crítica nem vem na melhor altura, porque deu uma “bola fantástica” - como o holandês reconheceu – a Bas Dost na recente vitória caseira sobre o Olympiakos (3-1), mas se o luso-cabo-verdiano quer fazer face à concorrência de Bernardo Silva, Ricardo Quaresma e de um Gonçalo Guedes em ascensão com vista a um lugar no Mundial 2018, terá de melhorar os seus níveis de resolução.







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