Ainda falta praticamente um ano, mas
é já com alguma expetativa que os portugueses aguardam pela quarta participação
da Seleção Nacional em Jogos Olímpicos (após 1928, 1996 e 2004), no Rio de
Janeiro. Primeiro, porque raramente o futebol integra a comitiva lusa neste evento,
e depois, porque o estatuto de finalista do Europeu de sub-21 deste ano, dá
direito a sonhar.
A base
da equipa deverá ser a mesma que só foi travada pela Suécia nas grandes
penalidades da final de Praga, contudo, existem várias atenuantes a ter em
conta. Para início de conversa, apenas poderão ser convocados 18 atletas, em
detrimento dos habituais 23 das grandes competições. Desses 18, quinze terão de
ser nascidos de 1993 para cá, o que exclui os nomes de Daniel Fernandes (não
problemático pois era habitual suplente e só serão chamados dois guarda-redes),
Paulo Oliveira (titularíssimo), William Carvalho (só o melhor jogador do tal Europeu) e Sérgio Oliveira (capitão mas
atualmente sem calçar no FC Porto).
E ainda
há, claro, um lote de três futebolistas que podem ter qualquer idade. E é aqui
que se levantam as principais questões. Como vai a Federação Portuguesa de
Futebol encarar esta competição?
Se Rui
Jorge e os dirigentes da FPF quiserem ser justos, e tiverem em conta o
contributo dado pelos jogadores na caminhada até ao Rio, Paulo Oliveira, Sérgio
Oliveira e William Carvalho deverão ser os escolhidos. Apenas por uma questão
de justiça, pois nem se pode falar no aproveitamento de rotinas, uma vez que
estes jogadores vão passar toda a temporada 2015/16 sem sequer se treinarem
juntos.
Ou
então, se a FPF quiser ser ambiciosa, tentar chegar até às medalhas (e porque
não a de ouro?), terá de olhar para os melhores jogadores que tem à disposição.
E aí, o nome de Cristiano Ronaldo é inevitável. Pode até chegar aos JO-2016
cansado de uma longa temporada que inclui Campeonato da Europa, mas caramba, é
o melhor jogador do mundo (ou um dos dois melhores, vá) e seria certamente um
grande acréscimo à Seleção num torneio essencialmente sem jogadores com muita
experiência. É, também, uma oportunidade para o avançado do Real Madrid igualar…
Lionel Messi, campeão olímpico em 2008 pela Argentina.
Sobre
uma das vagas estamos conversados. Para as restantes, ainda que isto até ao
final da época possa dar uma grande volta, sugiro Rui Patrício e um dos
centrais da Seleção AA. Porquê? Porque
José Sá (Marítimo) e Bruno Varela (Valladolid) não jogam nos respetivos clubes,
estão a ver a sua evolução ser estagnada e é fundamental que Portugal se
apresente com um guarda-redes que jogue e que seja experiente. E o melhor dos
guardiões lusos é, neste momento, o que defende o Sporting.
José Fonte atravessa grande momento de forma |
E então
e quem é que substituiria William Carvalho e Sérgio Oliveira? Acredito que
Portugal, neste momento, tem opções para essas posições. Rúben Neves tem-se
vindo a assumir como titularíssimo no FC Porto, podendo assim interpretar a
posição 6 que era do médio do
Sporting. Quanto ao posto do ex-pacense, tem em André Gomes, que falhou o
Europeu de sub-21 devido a lesão, o dono ideal. E ainda há Bruno Fernandes, habitual
primeira opção na Udinese.
A
presente temporada tem ainda trazido boas novidades: João Cancelo tem sido
titular no Valência e Gelson Martins e Gonçalo Guedes têm ganhado espaço no
Sporting e Benfica, respetivamente.
Caso
estejam todos disponíveis, o céu é o limite.
Sem comentários:
Enviar um comentário