sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Liga ZON Sagres | Paços de Ferreira 1-2 Benfica




Esta noite, no Estádio da Mata Real, o Benfica derrotou o Paços de Ferreira por 2-1, num jogo a contar para a 5ª jornada da Liga ZON Sagres. Cícero abriu o marcador para os pacenses, mas Lima, com um “bis”, assinalou a reviravolta.


Eis a constituição das equipas:

Paços de Ferreira



Os castores, orientados por Paulo Fonseca, são das poucas equipas que ainda não perderam no campeonato, com uma vitória (sobre o Sp. Braga) e três empates nas quatro primeiras jornadas.
Na época transacta, recorde-se, o Paços de Ferreira terminou a Liga ZON Sagres em 10º lugar.
Desde 2005/06 que foge aos pacenses uma vitória sobre o Benfica na Mata Real.
Antunes, castigado, e Nuno Santos, lesionado, são os principais ausentes.


Benfica



Os encarnados perderam a liderança do campeonato depois de um empate em Coimbra, diante da Académica (2-2), no qual se queixaram da atuação do árbitro Carlos Xistra.
O Benfica tem o melhor ataque da prova (12 golos) e o melhor marcador (Cardozo, quatro tentos já apontados) até à data.
Luisão está suspenso, e Cardozo, André Gomes e Aimar lesionados.


O jogo foi interrompido pouco depois do seu início, devido a uma falha eléctrica.

5’ Vítor rematou colocado de longe, ao lado.

6’ Após um bom lance colectivo na esquerda, Paolo Hurtado fez um passe fantástico de calcanhar para Diogo Figueiras que cruzou para a área onde Cícero se antecipou a Jardel e atirou para o fundo das redes.



8’ Na sequência de um livre lateral, Jardel ganha nas alturas e cabeceia para defesa incompleta de Cássio. Na recarga, Lima repôs o empate.


Apesar do 4x2x3x1 em que geometricamente os pacenses geralmente estavam dispostos a atacar, no processo defensivo posicionavam-se em 4x4xx2, com a dupla Vítor/Cícero a pressionar bem perto Matic, impedindo que o sérvio construísse jogo, obrigando Garay e Jardel a procurarem os flancos.

O Benfica apresentava-se num 4x4x2 tradicional (quase 4x2x4), no entanto, esta táctica normalmente exige muito jogo directo, algo que não acontecia devido às características muito móveis de Lima e Rodrigo, e apostando num futebol de pé para pé, era sentida a falta de um elo de ligação entre os avançados e a dupla Enzo Pérez/Matic, que como se sabe, ainda estão à procura do melhor entrosamento, e por isso, estão muito posicionais.

45’ Ricardo tentou um corte de pontapé de bicicleta, e a bola sobrou para Rodrigo que serviu Lima, mas o brasileiro não conseguiu bater Cássio, e na recarga Salvio não acertou na baliza.

Ao intervalo, Gaitán rendeu Nolito.

50’ Gaitán rematou para defesa de Cássio, que parecia ter o lance controlado, no entanto, deixou fugir a bola, esta bateu na trave e voltou para as mãos do guarda-redes pacense.

62’ Enzo Pérez recuperou o esférico, tabelou com Rodrigo e apareceu em zona de finalização mas atirou para fora.

66’ Jorge Jesus trocou Matic por Enzo Pérez.

71’ No seguimento de um lançamento lateral e de muita confusão na área do Paços, Luiz Carlos, Ricardo e Tony não conseguiram aliviar, e Maxi Pereira conseguiu assistir Lima, que deu vantagem aos encarnados.


73’ Luiz Carlos foi substituído por Josué.

78’ Manuel José cedeu o seu lugar a Caetano.

84’ Paulo Fonseca arriscou tudo, tirou Cohene, lançou Angulo.

85’ Salvio, de forma espectacular, tirou Ricardo do caminho, apareceu em boa posição, mas chutou para fora.

90+3’ Caetano aproveitou alguns centímetros consentidos por Maxi Pereira e atirou ao lado.

Logo nos minutos iniciais, uma falha eléctrica em Paços de Ferreira esteve na origem numa interrupção do jogo, que durou vários minutos, e repostas todas as condições para o reatamento da partida, os pacenses não precisaram de muito tempo para se colocarem em vantagem, por intermédio de Cícero.
No entanto, quando se pensava que iríamos assistir a um encontro fechado, o Benfica empata logo a seguir, o que fez prometer um jogo aberto, algo que até aconteceu na primeira parte, com ambas as equipas a tentarem o golo, os castores através da sua organização colectiva do processo ofensiva, e os encarnados dependendo muito da qualidade individual dos seus jogadores.
No segundo tempo, as águias entraram fortes e ambiciosas, em busca da vitória, fizeram logo uma substituição ao intervalo (teoricamente, apenas uma troca de extremos, mas vontade de dar algo novo à partida), chegaram-se mais à frente, sobretudo o seu meio-campo, e pouco depois de Jorge Jesus ter abdicado do seu médio mais posicional (Matic), conseguiram chegar ao segundo golo.
A partir daí, o Benfica foi jogando com o resultado, reequilibrou o meio-campo com a entrada de André Almeida, e Paulo Fonseca até retirou de campo um defesa-central, fez substituições claramente ofensivas, no entanto, insuficiente para chegar ao empate.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Paços de Ferreira…
Cássio teve culpas no 1-1 e a partir daí esteve sempre intranquilo;
Tony mostrou-se agressivo na abordagem aos lances, tanto a defender como a atacar, mas foi passivo, tal como Ricardo, na jogada do 1-2; Cohene hesitou em aliviar a bola no tento do empate, e não se conseguiu antecipar a Lima no segundo golo; e Diogo Figueiras, apesar das dificuldades sentidas em usar o pé esquerdo, acabou por fazer (com esse mesmo pé) o cruzamento para o 1-0;
André Leão esteve sempre bem posicionado; Vítor foi o homem das bolas paradas e o que apareceu mais perto do ponta-de-lança; e Luiz Carlos, rotativo, mostrou boa visão de jogo mas foi um dos jogadores que apresentou passividade na abordagem ao lance que originou o segundo golo dos encarnados;
Manuel José apareceu sobretudo em tabelinhas pelo lado direito, não é muito rápido, mas é forte a fechar o flanco para um extremo; Paolo Hurtado mostrou qualidade técnica e teve um belíssimo toque de calcanhar para Diogo Figueiras no lance do 1-0; e Cícero, possante e posicional, abriu o marcador;
Josué foi lançado com o objectivo de dar mais capacidade ofensiva ao meio-campo; Caetano refrescou o ataque e fez um remate perigoso; e Angulo esteve muito perto de marcar praticamente na única vez que tocou na bola.

Quanto aos jogadores do Benfica…
Artur, apesar de ter sofrido um golo, fez poucas defesas complicadas, sendo a que mais se destacou até nem contou, porque o lance foi anulado por fora-de-jogo;
Maxi Pereira ficou a olhar para o lance que deu o 1-0, mas deu um toque precioso na bola para Lima fazer o 1-2; Jardel deixou-se antecipar por Cícero no lance do tento sofrido; Garay esteve seguro; e Melgarejo foi ofensivo, abriu alguns espaços mas acabou por não comprometer;
Matic, discreto, não foi nenhum “polvo”, mas também não esteve mal; Enzo Pérez procurou estar sempre bem posicionado, apareceu mais adiantado na segunda parte, pressionou mais alto e a equipa cresceu com isso; Salvio, veloz e técnico, criou alguns desequilíbrios; e Nolito tentou aparecer em zonas mais interiores para confundir marcações, mas nunca esteve em evidência;
Rodrigo recuava para tentar buscar a bola e depois teve alguma dificuldade em aparecer na zona de finalização; e Lima foi o homem do jogo, com dois golos;
Gaitán viu um remate seu ser desviado por Cássio para a trave; Carlos Martins deu mais capacidade ofensiva ao meio-campo; e André Almeida entrou para “fechar a porta”.


Com este resultado, ficou assim disposta a classificação da Liga ZON Sagres:


1 comentário:

  1. Buenas compañero :)
    He visto un amplio resumen de este partido y me gustó mucho, si el Benfica juega como sabe, no será ningun paseo para el FC Barcelona. Un abrazo

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