quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Liga Europa | Marítimo 0-0 Asteras Tripolis


Esta noite, no Estádio dos Barreiros, no Funchal, Marítimo e Asteras Tripolis empataram a zero num jogo da segunda mão da 3ª pré-eliminatória da Liga Europa, e os madeirenses qualificaram-se assim para o “Play-Off” de acesso à fase de grupos da competição.



Eis a constituição das equipas:

Marítimo



Os insulares apuraram-se para a 3ª Pré-eliminatória da Liga Europa após terem ficado em 5º lugar na temporada transacta na Liga ZON Sagres.
Com o resultado de 1-1 da primeira mão, na Grécia, um empate a zero ou uma vitória garantem ao Marítimo a qualificação para o “Play-Off”.
Gegé (ex-Sp. Covilhã), Rodrigo António (ex-Belenenses), Rúben Brígido (ex-U. Leiria), Semedo (ex-Portimonense) e David Simão (emprestado pelo Benfica) são os principais reforços para 2012/2013.
David Simão, ainda não inscrito, e Olberdam, lesionado, são os ausentes.


Asteras Tripolis



O Asteras Tripolis, orientado por Sakis Tsiolis, só se conseguiu qualificar para a Liga Europa devido à desistência à não participação do AEK Atenas nas provas europeias, já que terminou no 6º lugar na última edição da Liga Grega.
Os helénicos tiveram que disputar já está época a 2ª pré-eliminatória, onde eliminaram o Inter Baku apenas nas grandes penalidades, após 1-1 tanto na Grécia como no Azerbaijão.
Frente ao Marítimo, um empate a dois ou mais golos e a vitória dão o apuramento para o “Play-Off”.
Fragoulakis e Gialousis (ambos ex-Ergotelis), Márton Fülöp (ex-West Bromwich) e Khalifa Sankaré (ex-Aris) foram as principais aquisições para esta temporada.


O início de jogo foi equilibrado, mas com os gregos a mostrarem vontade de discutir o resultado e com o Marítimo a não pressionar muito alto, procurando não se expor aos erros.

Os insulares estavam a sentir algumas dificuldades em se impor na partida.

44’ Numa transição rápida, Fidélis assiste Héldon que flectiu da direita para o meio e rematou de pé esquerdo ao lado. Finalmente, uma situação de golo.

Intervalo.

48’ Na sequência de um canto cobrado sobre o lado esquerdo, Bartolini ganhou nos ares e assistiu de cabeça Alvarez, que por sua vez, cabeceou por cima.

61’ Rodrigo António rendeu Danilo Dias.

62’ Alvarez cedeu o seu lugar a Bakasetas.

69’ Ruben Ferreira viu o cartão vermelho directo após entrada duríssima sobre Usero.

73’ Pedro Martins trocou Héldon por Igor Rossi.

Usero foi rendido por Fragoulakis.

77’ Adilson substituiu Fidélis.

80’ Ximo Armeros apareceu isolado e acertou no poste.

O Marítimo estava agora encolhido no terreno de jogo, reduzido a dez, dando completa iniciativa ao adversário e praticamente não procurou sair a jogar.

85’ Rayo, de longe, atirou forte mas por cima.

Sem mais ocorrências até final da partida, confirmou-se o nulo no marcador, que acabou por favorecer a formação portuguesa.
O Marítimo sentiu muitas dificuldades, os seus jogadores estavam tensos e ansiosos, acusando o peso da responsabilidade de ter na mão (ou nos pés) a passagem do clube a uma fase posterior nesta competição europeia. Para além disso, os insulares deram a iniciativa de jogo ao Asteras Tripolis e sentiram dificuldades em sair para o ataque, mas ainda assim, não comprometeram a defender.
Na segunda parte, os comandados por Pedro Martins até entraram melhor, estavam a controlar a vantagem na eliminatória, mas com o passar do tempo e a expulsão de Ruben Ferreira, ficou reduzido a dez, tornou-se mais compacta, baixou o bloco, passou por vários sustos mas acabou por chegar ao fim e garantir a qualificação.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Marítimo…
Salin não foi obrigado a defesas complicas, e já perto no fim, em questão de segundos, teve uma grande saída a um cruzamento e logo a seguir outra em que não esteve tão bem;
Briguel nunca se aventurou muito em subidas pelo terreno; João Guilherme exibiu-se a bom nível; Roberge esteve sempre no caminho da bola, bem posicionado, fazendo também uso da sua agilidade; e Ruben Ferreira perdeu a cabeça e foi expulso por uma entrada duríssima sobre um adversário;
João Luiz e Rafael Miranda procuraram sobretudo fechar caminhos para a sua área; e Danilo Dias esteve apagado;
Héldon procurou sempre que possível flectir para a zona central; Sami ganhou faltas em alturas cruciais da partida; e Fidélis, possante, procurou dar mobilidade, mas revelou várias dificuldades, sobretudo na recepção de bola;
Rodrigo António refrescou o meio-campo ofensivo, tentando dar uma dinâmica que Danilo Dias não estava a conseguir dar; Igor Rossi entrou para fechar o lado esquerdo da defesa, após a expulsão de Rúben Ferreira; e Adilson entrou bem no jogo, ajudando a guardar a vantagem, nomeadamente a segurar a bola e a ganhar faltas.

Quanto aos jogadores do Asteras…
Fülöp realizou defesas de grau de dificuldade não muito elevado;
Tsampouris teve um duelo complicado com Sami pela frente; Sankaré e Bartolini nunca comprometeram; e Pipinis não teve o melhor Héldon pela frente mas ainda passou por dificuldades;
Juanito, que pode jogar também como defesa-central, curiosamente, não foi o homem mais defensivo do meio-campo, aparecendo entre Alvarez e Usero; Alvarez foi o principal construtor de jogo da equipa; e Usero deu dinâmica e apareceu várias vezes na faixa direita;
Rayo tem qualidade e gosta de aparecer em zona frontal; Ximo Armeros teve nos pés a melhor situação da sua equipa para marcar, acertando no poste; e Perrone é um ponta-de-lança experiente, possante e perigoso;
Bakasetas e Fragoulakis acabaram por serem inconsequentes apesar de terem estado na fase em que os gregos estiveram mais perto de marcar.

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