sábado, 19 de maio de 2012

Liga dos Campeões | Bayern Munique 1-1 (3-4 g.p.) Chelsea


Esta noite, no Allianz Arena, o Chelsea conquistou a Liga dos Campeões 2011/2012, ao bater o Bayern Munique nas grandes penalidades por 4-3, depois do 1-1 no final do tempo regulamentar e do prolongamento. Em jogo corrido, Thomas Müller marcou para os bávaros e Drogba para os “blues”.



Eis a constituição das equipas:

Bayern Munique



Até chegar à final, os bávaros já defrontaram nesta Liga dos Campeões: Zurique (Play-Off), Villarreal, Manchester City e Nápoles (fase de grupos) e Basileia, Marselha e Real Madrid (eliminatórias).
David Alaba, Badstuber e Luiz Gustavo ficam de foram por castigo.


Chelsea



Sempre que a final da Liga dos Campeões se disputou em Munique, uma equipa venceu a prova pela primeira vez. Será um bom presságio para os londrinos?
Até ao jogo decisivo, os “blues” enfrentaram nesta prova: Bayer Leverkusen, Genk e Valência (fase de grupos) e Nápoles, Benfica e Barcelona (eliminatórias).
Terry, Ivanovic, Raul Meireles e Ramires estão castigados.


5’ Toni Kroos rematou com perigo ao lado.

O Bayern entrou melhor na partida e superiorizava-se dentro das quatro linhas.

21’ Robben combinou com Ribéry e atirou para uma defesa de Cech, que desviou a bola para o poste.

36’ Thomas Müller rematou de primeira ao lado, após cruzamento de Contento pela esquerda.

Intervalo.

O Chelsea continuava com a sua postura defensiva que vinha já desde o início do encontro, sempre dando a iniciativa aos bávaros, não tentando recuperar o esférico mas apenas tapar os caminhos da sua baliza, parecendo procurar as grandes penalidades.

73’ Malouda rendeu Bertrand.

76’ Cech foi obrigado a aplicar-se para evitar um golo a Ribéry.

83’ Kroos, descaído pela esquerda, fez um cruzamento milimétrico para Thomas Müller, que no segundo poste cabeceou para o fundo das redes.


84’ Roberto Di Matteo trocou Kalou por Fernando Torres.

86’ Müller foi substituído por Van Buyten.

88’ Na sequência de um canto cobrado por Juan Mata, Drogba fugiu à marcação de Boateng e marcou de cabeça.


Confirmando-se a igualdade no tempo regulamentar, a partida seguiu para prolongamento.

93’ Drogba derrubou Ribéry na área e foi assinalada uma grande penalidade, na qual Robben permitiu a defesa de Cech.

97’ O extremo francês dos alemães saiu com queixas físicas, cedendo o seu lugar a Olic.

108’ Lahm picou a bola para o segundo poste onde Olic desviou o esférico para fora.

Sem mais ocorrências até final, o jogo foi para a decisão das grandes penalidades.

1-0 Lahm;
Juan Mata permitiu a defesa de Neuer;
2-0 Gómez;
2-1 David Luiz;
3-1 Neuer;
3-2 Lampard;
Cech defendeu “penalty” de Olic;
3-3 Ashley Cole;
Schweinsteiger acertou no poste;
3-4 Drogba.

Um dia, alguém disse que as finais não se jogavam, mas sim que se ganhavam, e a verdade é que o Chelsea adoptou uma postura em que esteve praticamente duas horas a ver jogar e acabou por conquistar o título europeu.
O Bayern desde cedo assumiu o comando do jogo, foi quem procurou o golo, mas em alta competição, há que pôr a visão romântica do futebol de rua de parte: os “blues” não procuraram o golo, mas procuraram, por outro caminho, ainda que esteticamente menos atraente, a vitória, algo que vieram a conquistar.
Mais do que uma modalidade em que há onze indivíduos em cada equipa, o futebol é um xadrez em que cada peça tem vida própria, mas todas no seu conjunto devem pertencer a uma mesma linha de pensamento. Há quem escolha procurar desde o primeiro momento eliminar o rei (leia-se baliza), e há quem se preocupe sobretudo proteger tal peça e aproveitar as oportunidades que forem surgindo. São caminhos diferentes, não menos legítimos que outros, e a verdade é que o que fica escrito na história é o nome dos vencedores, é para as suas vitrinas que vai a taça, e cumprida a estratégia, os londrinos devem-se orgulhar de ter vencido a sua primeira Liga dos Campeões, e da forma como o fizeram.
Mesmo com os caminhos para a baliza tapados, Thomas Müller aproveitou a superioridade física que tem sobre Ashley Cole para se elevar nos ares e cabecear para o 1-0, golo que parecia dar a vitória aos bávaros. No entanto, cinco minutos depois (os únicos em que realmente o Chelsea procurou marcar), aos ’88, Drogba também de cabeça empatou a partida, e seguiu-se um prolongamento sem golos, mas com um “penalty” desperdiçado por Robben.
Na que muitos apelidam de “lotaria”, ou seja, nas grandes penalidades, os comandados por Di Matteo foram mais fortes e conseguiram a vitória.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Bayern Munique…
Neuer não teve muito trabalho, Lahm defendeu e atacou bem, Boateng deixou fugir Drogba no lance do empate, Tymoshchuck esteve seguro, e Contento cumpriu defensivamente mas ofensivamente não fez esquecer David Alaba.
Kroos e Schweinsteiger introduziram um ritmo forte ao meio-campo, com a particularidade do primeiro ter feito a assistência para o golo e o segundo falhado uma das grandes penalidades decisivas.
Ribéry e Robben jogaram muito próximos um do outro, mas tiveram uma noite infeliz, pois para além da derrota, o francês saiu lesionado e o holandês falhou um “penalty” no prolongamento.
Thomas Müller marcou o tento que parecia dar mais um título europeu aos bávaros, e Mario Gómez foi muito perdulário.
Van Buyten trouxe presença física, tanto a defender como a atacar, e Olic rendeu Ribéry, mas foi-lhe bastante difícil continuar o trabalho do gaulês.

Quanto aos jogadores do Chelsea…
Cech fez algumas defesas importantes, Bosingwa fez um bom jogo, não comprometendo, Cahill e David Luiz deixaram a pele em campo, e Ashley Cole defendeu sempre muito bem, mas como no melhor pano cai a nódoa, foi nas suas costas que Müller apareceu para marcar.
Obi Mikel ocupou bem os espaços à frente da defesa, Lampard foi muito forte no momento da recuperação e do passe.
Kalou esteve longe de brilhar, Juan Mata fez assistência para o golo, e Bertrand fechou o seu flanco, mas não acrescentou nada a atacar.
Drogba foi das melhores unidades em campo, lutando muito, marcando o tento do empate (no único canto dos “blues” na partida) e o “penalty” decisivo.
Torres entrou atrevido e Malouda não mudou quase nada no jogo.

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