domingo, 8 de abril de 2012

Liga BBVA | Real Madrid 0-0 Valência


Esta noite, no Estádio Santiago Bernabéu, Real Madrid e Valência não foram além de um empate a zero, na 31ª jornada da Liga Espanhola. Apesar do nulo, foi uma excelente partida de futebol.



Eis a constituição das equipas:

Real Madrid



Os “merengues” já estiveram bem mais tranquilos, com dez pontos de vantagem sobre o Barcelona, mas agora estão com apenas três, ainda que com um jogo a menos, e por isso, estão pressionados.
Outra curiosidade para este encontro, é saber se Cristiano Ronaldo voltará a ultrapassar Lionel Messi em golos na Liga Espanhola, já que o argentino tem 38 e o português 37.
Sergio Ramos cumpre castigo.


Valência



Os “ché” ocupam a 3ª posição desde a 12ª jornada, no entanto, não vencem há três jogos e em termos pontuais foram apanhados pelo vizinho Levante. Ainda assim, na Liga Europa golearam o AZ Alkmaar (4-0) e apuraram-se para as meias-finais.


4’ O primeiro sinal de perigo pertenceu ao Real, com um remate de Cristiano Ronaldo para fora.

7’ Ozil serviu o prodígio português que em zona frontal atirou ao poste.

9’ Feghouli progrediu pelo terreno e do meio da rua chutou ao lado.

Nesta fase da partida, CR7 aparecia muito pelo corredor central, ao invés do flanco esquerdo como é habitual.

14’ Ronaldo de livre directo levou a bola a passar acima do alvo.

25’ Tino Costa rematou forte para defesa de Casillas e na recarga Ricardo Costa cabeceou ao poste. Equipas empatadas também em bolas ao ferro.

33’ Feghouli trabalhou bem, ganhando espaço a Albiol e assistiu Piatti que proporcionou ao guarda-redes espanhol uma bela intervenção.

36’ Cristiano picou a bola para Özil, que em boa posição quase marcava, valeu Jordi Alba perto da linha de baliza.

Khedira e sobretudo Xabi Alonso estavam a ser muito pressionados, e o Real estava a sentir dificuldades em armar o seu jogo, tendo de ser geralmente Pepe, Arbeloa ou alguns dos jogadores de pendor mais ofensivo a recuarem para construir os seus ataques.

Ao intervalo, José Mourinho trocou Higuaín por Di Maria.

46’ Assim que entrou em campo, o antigo atleta do Benfica serviu Ronaldo, que rematou para defesa de Guaita.

55’ Autêntico míssil de Tino Costa de fora da área, fazendo o esférico embater novamente no ferro.

Nesta fase, a partida estava a ficar algo partida e com um clima mais tenso entre os atletas.

62’ Saem Feghouli e Piatti e entram Mathieu e Pablo Hernández na formação orientada por Unai Emery, numa tentativa de refrescar as alas.

72’ Kaká foi lançado em campo, saiu Khedira, abdicando de um dos “pivots” defensivos.
Após a substituição, Pablo Hernández desmarcou Mathieu pela esquerda e o francês atirou ao lado.

75’ Jordi Alba cruzou para o segundo poste onde Aduriz cabeceou por cima.

77’ Remate espectacular de Di María mas Guaita negou-lhe o golo.
Troca de pontas-de-lança no Valência, Aduriz por Soldado.

78’ Assistência de Ronaldo para Benzema mas Guaita defendeu um primeiro remate e a recarga do francês.

83’ Pablo Hernández atirou forte mas Marcelo opôs-se à bola e evitou males maiores.

85’ Soldado de cabeça lançou Jordi Alba em velocidade e só a intervenção de Casillas evitou o tento dos valencianos.

Os “merengues” faziam um “forcing” final mas o Valência foi tapando todos os caminhos para a sua baliza.

90+3’ Guaita quase que por instinto negou o golo a Benzema.

Foi um excelente encontro de futebol, entre duas equipas de topo de Espanha, uma que é um colosso mundial e outra que para muitos, é a melhor formação espanhola, pois considera-se que Real Madrid e Barcelona são de outro planeta.
O conjunto orientado por José Mourinho assumiu o jogo, teve sempre mais posse de bola, mas não conseguiu construir o seu processo ofensivo como é habitual, devido à pressão feita pelo meio-campo “ché” a Khedira e Xabi Alonso, evitando que lhes fosse dirigida a bola e que o Real optasse por outras soluções, que no caso foram subidas de Pepe com o esférico controlado até praticamente ao terreno adversário ou então o recuo de Özil para comandar as operações muito mais longe da baliza adversária do que é habitual.
Ainda assim, face à capacidade técnica dos “merengues”, que tem no seu plantel alguns dos mais completos futebolistas do mundo, não deixaram de atacar, mas no momento da finalização acusaram alguma ineficácia, promovida também pela fantástica exibição de Guaita, guarda-redes do Valência.
Os comandados por Unai Emery também não se limitaram a fechar os caminhos para a sua baliza, atacaram bastante, sobretudo através de transições rápidas, até ganharam por 2-1 no que concerne em bolas enviadas ao ferro e tiveram bastantes possibilidades para causar surpresa no Bernabéu. Mesmo quando a partida se encaminhava para o final e o empate parecia ser um cenário bem “real”, o técnico valenciano não abdicou de tentar a vitória e para isso refrescou o ataque, trocando de alas e de ponta-de-lança.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Real Madrid…
Casillas esteve bem quando foi chamado a intervir, Arbeloa a atacar está longe de ser um lateral moderno, mas fecha bem a defender, embora tenha cometido alguns deslizes, a Albiol há pouco a apontar, Pepe muitas vezes teve de lançar o ataque (face à pressão efectuada no duplo “pivot” do meio-campo) e foi agressivo nas recuperações de bola e Marcelo deu profundidade ao flanco esquerdo.
Xabi Alonso e Khedira, muito pressionados, não conseguiram organizar com bola o ataque madridistas, não acrescentaram muito no processo ofensivo mas úteis a defender.
Cristiano Ronaldo apareceu poucas vezes na esquerda, ao contrário do que é habitual, preferindo o corredor central e foi ineficaz (10 remates/0 golos), Ozil esteve ao seu nível, ocupando espaços entre o meio e a esquerda, e desperdiçou uma boa oportunidade para dar vantagem à sua equipa, ainda na primeira parte, e Benzema mostrou que o flanco direito não é sua praia e deu teve as principais ocasiões para marcar quando ocupou o eixo do ataque.
Higuaín esteve muito apagado.
Di María deu dinâmica ao ataque mas exagerou da acção individual e Kaká pouco conseguiu fazer para desbloquear o resultado.

Quanto aos jogadores do Valência…
Guaita foi gigante entre os postes, com intervenções espectaculares, o português Ricardo Costa foi bafejado pela sorte de Ronaldo procurar mais terrenos interiores mas Di María deu-lhe que fazer, Rami e Victor Ruiz formaram uma dupla de centrais sólida e que não comprometeu e Jordi Alba deu profundidade ao seu flanco, mostrando porque razão é um dos melhores laterais-esquerdos da Liga Espanhola.
Tino Costa foi das melhores unidades em campo, muito forte a recuperar a bola, com bastante raça e sempre que podia mostrava o seu bom pontapé e Topal, embora mais posicional e discreto, foi muito útil a pressionar os médios do Real, impedindo-os de construir jogo.
Feghouli entrou mal, com alguns passes falhados, mas foi-se encontrando com a partida e criou bastante perigo, Piatti foi uma autêntica pulga do lado esquerdo do ataque e Dani Parejo dedicou-se sobretudo a pressionar, tal como Aduriz que fez poucas aparições na zona de finalização.
Mathieu, Pablo Hernández e Soldado vieram refrescar o ataque, e fizeram tremer o sector defensivo dos “merengues” por diversas vezes.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Liga BBVA:

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