Liga dos Campeões | CSKA Moscovo 1-1 Real Madrid

Esta tarde, em Moscovo, CSKA e Real Madrid empataram (1-1) na primeira-mão dos Oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Cristiano Ronaldo e Wernbloom apontaram os golos da partida.

Eis a constituição das equipas:

CSKA Moscovo

Esta formação moscovita está em 2º no campeonato russo, e ficou famosa por ter vencido o Sporting em Alvalade a 18 de Maio de 2005 na final da Taça UEFA. Sete anos depois, e já sem Vágner Love (rumou ao Flamengo) continuam a dar cartas na Europa.

Na Fase de Grupos, ficaram em 2º lugar atrás do Inter, e à frente de Trabzonspor e Lille.

O guarda-redes Akinfeev falha a partida com uma lesão grave.

Real Madrid

A principal ausência nos “merengues” é Di María que se voltou a lesionar na última partida da Liga BBVA, frente ao Racing Santander.

Os líderes do campeonato espanhol lideraram e venceram todos os encontros do Grupo D, na fase anterior, onde também constavam Lyon, Ajax e Dinamo Zagreb.

Depois de um primeiro quarto de hora muito equilibrado e com um bom ritmo, surgiu a primeira contrariedade para o Real Madrid quando Benzema se lesionou na virilha ao efectuar um remate e teve de ser substituído por Higuaín. O intenso frio que se fazia sentir em Moscovo fez do avançado francês a primeira vítima.

A primeira ocasião de golos pertenceu aos “merengues” pouco depois, quando tanto Higuaín como Khedira obrigaram Chepchugov a duas grandes defesas.

Aos 27’, Fábio Coentrão cruzou pela esquerda, a defesa do CSKA tentou aliviar mas a bola sobrou para Cristiano Ronaldo que à entrada da área com um remate forte de pé esquerdo deu vantagem ao Real.

A partir daí os espanhóis foram controlando o jogo sem grandes problemas, e a toada manteve-se na segunda metade, com os comandados de José Mourinho a entrarem melhor, e logo a abrir CR7 serviu por duas vezes Callejón mas este não conseguiu converter as oportunidades em golos.

Já nos últimos dez minutos, Xabi Alonso com um passe fantástico tentou isolar Higuaín, no entanto, um defesa do CSKA conseguiu interceptar o lance, mas a bola sobrou para Ronaldo que atirou ao lado.

Perto do apito final, nos últimos instantes dos descontos, os russos tentaram o chuveirinho para a grande área, e após alguns ressaltos, a bola sobrou para o pé direito de Wernbloom que desta forma empatou a partida.

Com este empate, o CSKA Moscovo continua sem perder frente a equipas espanholas, no entanto, parte em desvantagem para o jogo de Madrid, onde um nulo no marcador servirá ao Real.

Foi um jogo de muita luta, por vezes não muito bem jogado, com um futebol pouco atraente, com os “merengues” a limitarem-se a controlar a partida de uma forma sempre muito contida, sem grandes riscos, e quando se encontravam em vantagem chegaram mesmo a queimar tempo.

Os russos, com menos argumentos, entraram bem mas depressa as suas melhores unidades foram anuladas pela defensiva “blanca”, e depois de muitos lances inconsequentes, na última jogada da partida conseguiram o empate.

Analisando individualmente, os atletas, do lado do CSKA, o seu guardião, Chepchugov nada pode fazer no golo sofrido e foi importante a impedir a derrota, substituindo bem Akinfeev.

Os defesas tiveram muito trabalho mas na maioria das vezes conseguiram dar conta do recado, os médios de cobertura tiveram uma média de passes bem sucedidos muito alta e ajudaram a fechar os caminhos para a sua baliza, com destaque para Wernbloom que marcou o tento decisivo.

Depois, no ataque, quatro homens a ter em conta, o tecnicista Tosic, o maestro Dzagoev, o velocista Musa e o “chatinho” Doumbia. Em relação aos que entraram, Honda e Oliseh foram sem dúvida uma ajuda preciosa para a conquista do empate.

Em relação aos galácticos, Casillas até nem teve muito trabalho nem culpa no golo encaixado.

Arbeloa foi discreto mas eficaz, Sergio Ramos e sobretudo Pepe despacharam todas as bolas que lhe apareceram à frente sem cerimónias, e Coentrão fechou bem a defender e ainda tentou envolver-se no ataque.

Khedira fez um bom jogo, tanto a defender como a envolver-se em tarefas mais ofensivas, Xabi Alonso sempre com o seu ritmo habitual fez mais dos seus passes teleguiados, Callejón foi irrequieto mas não está ao nível de Di Maria, Ozil não fez um jogo fantástico mas esteve bem, Ronaldo foi sempre a grande arma do Real quando atacou a baliza contrária, Benzema só teve tempo para um remate no qual se lesionou, e Higuaín trabalhou muito mas não conseguiu marcar. Kaká entrou para o último quarto de hora mas pouco se viu e Albiol veio para ajudar a segurar a vantagem, no entanto, sem grande sucesso pois o CSKA viria a empatar a partida.