sexta-feira, 13 de julho de 2018

Gonçalo Paciência em Frankfurt para apurar o seu real valor

Gonçalo Paciência assinou pelo Eintracht Frankfurt até 2022

Gonçalo Paciência era um nome no qual os adeptos do FC Porto e da Seleção Nacional depositavam grandes expetativas, até pela escassez portuguesa no que a pontas de lança diz respeito. Numa fase em que já se começava a falar do filho de Domingos como uma promessa adiada, surgiu em novembro do ano passado a primeira internacionalização, ainda que em condições anormais, mas no culminar de um bom início de época no Vitória de Setúbal.


Esse bom arranque contrastou com o da equipa sadina e, de repente, o então recém-consagrado internacional AA voltou a ver-se num contexto de um conjunto de bloco médio/baixo, pouco volume ofensivo e acompanhado por colegas intranquilos e pouco confiantes. Enfim, um conjunto de condicionantes a fazer lembrar o que viveu em 2015/16 na Académica, que ainda não deixaram perceber qual a real dimensão do futebol dele.

O que se viu no Bonfim foi um avançado habilidoso e lutador, muitas vezes utilizado para ser lançado em profundidade e segurar a bola enquanto os companheiros subiam no terreno para dar apoio. Isso, não haja dúvidas, Gonçalo faz muito bem. Não foi por acaso que foi consensualmente considerado uma das figuras (se não mesmo a principal figura) dos primeiros meses de temporada da turma de José Couceiro, se não mesmo de toda a época, apesar de ter regressado ao Dragão no final de janeiro – faturou por 11 vezes em 25 partidas à beira-Sado.

Contudo, o contexto de equipa grande que encontrou no FC Porto foi muito diferente. Mesmo não tendo jogado muito, não teve a tal profundidade para explorar, devido ao bloco baixo apresentado pela maioria dos adversários, nem subidas de companheiros para contemporizar, pois o coletivo já se encontrava instalado no meio-campo contrário. Participou em 12 jogos (10 como suplente utilizado) e, no total, acumulou 253 minutos, não tendo apontado qualquer golo. Concretizou o sonho de ser campeão de azul e branco, mas não aproveitou as poucas oportunidades que teve para mostrar os tão importantes dotes de finalizador e, face à pesada concorrência de Aboubakar, Marega e Soares, acabou por ser rapidamente riscado dos planos portistas para 2018/19.

Agora, cortou de vez o cordão umbilical que o ligava à casa-mãe e rumou à Bundesliga para representar o Eintracht Frankfurt, atual detentor da Taça da Alemanha e oitavo classificado no campeonato da época passada – mas a seis pontos do pódio. Além do típico futebol vertical germânico, será confrontado com um ritmo mais elevado, decisões mais complexas e rápidas a tomar e menos toques na bola de uma só vez. Aos 23 anos, o novo passo na carreira poderá servir de tira-teimas em relação ao apuramento do seu real valor. Fernando Santos estará certamente muito atento.









1 comentário:

  1. Gonçalo Paciência, tal como Tiago Pinto, vivem do nome dos seus pais. São jogadores dentro da média, não acima como pretendem fazer deles.
    Tem tudo para provar.

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