quinta-feira, 6 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Checoslováquia em 1976

Checoslováquia venceu o título europeu em 1976
Quinta edição, quinto campeão diferente. Pela primeira vez, o vencedor do torneio foi decidido através do desempate por grandes penalidades, e logo através de um gesto técnico inovador por parte de Antonin Panenka que ainda hoje é imitado.
 
A Checoslováquia, que já não chegava à final four desde o Euro 1960, começou por vencer o Grupo 1 de qualificação, à frente de Inglaterra, Portugal e Chipre.
 
Nos quartos de final, a seleção comandada por Vaclav Jezek afastou a sempre temível União Soviética, com triunfo por 2-0 em Bratislava e empate a dois golos em Kiev.
 
 
 
Seguiu-se a final four, na Jugoslávia. Nas meias-finais, a seleção checoslovaca teve pela frente uma estreante, mas que tinha o estatuto de vice-campeã mundial, a Holanda de Krol, Neeskens e Cruyff. Num jogo emocionante disputado em Zagreb, Ondrus abriu o ativo para a Checoslováquia aos 20 minutos, mas apontou um autogolo que restabeleceu a igualdade aos 77’ e atirou a decisão para prolongamento, numa altura em que ambas as equipas já estavam reduzidas a apenas dez homens, devido às expulsões de Pollák (60’) e Neeskens (76’). Nos minutos finais do prolongamento, Nehoda (114’) e Vesely (119’) marcaram mais duas vezes para os checoslovacos – pelo meio, o holandês Van Hanegem viu o cartão vermelho (115’).
 
 
 
Na outra meia-final, a detentor do título, a República Federal da Alemanha (RFA), foi para intervalo a perder por 0-2 com a Jugoslávia, mas deu a volta ao resultado e venceu por 4-2, agendando um confronto com a Checoslováquia para a final de Belgrado. Tal como na semifinal, os alemães estiveram a perder por 0-2, graças aos golos de Svehlík (oito minutos) e Dobiás (25’). Porém, chegaram ao empate, através dos remates certeiros de Dieter Müller (28’) e Hölzenbein (89’). O prolongamento não trouxe novidades e o campeão europeu teve de se decidir pela primeira vez através do desempate por grandes penalidades. Numa altura em que a Checoslováquia vencia por 4-3, Antonin Panenka partiu para a execução do quinto e decisivo penálti, teve sangue frio e decidiu picar a bola, enganando o guarda-redes germânico Maier, que se atirou para um dos lados.
 
 
 

Os campeões

 
Guarda-redes: Ivo Viktor (Dukla Praga) e Alexander Vencel (Slovan Bratislava)
 
Defesas: Karol Dobiaš (Spartak Trnava), Jozef Čapkovič, Anton Ondruš, Ján Pivarník e Koloman Gögh (todos Slovan Bratislava), Ladislav Jurkemik e Jozef Barmoš (ambos Inter Bratislava) e Pavol Biroš (Slavia Praga)
 
Médios: Antonín Panenka (Bohemians Praga), Jozef Móder (Lokomotiva Košice), Jaroslav Pollák (FC Košice), Dušan Herda e František Veselý (ambos Slavia Praga), František Štambachr (Dukla Praga) e Přemysl Bičovský (Union Teplice)
 
Avançados: Marián Masný e Ján Švehlík (ambos Slovan Bratislava), Zdeněk Nehoda (Dukla Praga), Dušan Galis (FC Košice) e Ladislav Petráš (Inter Bratislava)
 
Selecionador: Václav Ježek




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