A minha primeira memória de… um jogo entre Sporting e Young Boys

Yannick Djaló esteve em bom plano no jogo de Bulle

Sporting e Young Boys nunca se defrontaram em jogos oficiais, mas tal não significa que nunca se tenham defrontado em partidas de caráter particular. Entre tantas pré-épocas que as principais equipas portuguesas faziam na Suíça no início do século XXI, alguma vez teria de calhar um jogo entre os leões e o conjunto de Berna, um dos mais importantes helvéticos.

 
A 9 de julho de 2010, um Sporting orientado por Paulo Sérgio e a viver uma crise no que concerne a qualidade do plantel, cada vez mais longe dos rivais FC Porto e Benfica, bateu o conjunto suíço em Bulle por 1-0. Do outro lado, o nome mais sonante era o de Roman Burki, que viria a ser titular na baliza do Borussia Dortmund durante várias temporadas, mas que não era propriamente primeira opção no então vice-campeão helvético – seis meses depois, transferiu-se para o Grasshoppers.
 

O único golo do encontro foi apontado por Carlos Saleiro, que num raro momento de brilho ao serviço da equipa principal do Sporting rematou de forma algo acrobática, depois de um grande trabalho de Yannick Djaló no corredor direito.

 
Recordo-me de ter assistido à transmissão do encontro e de não me ter deixado impressionar pela exibição de Yannick Djaló, “um jogador de 8 ou 80”, nem pelo golo de Saleiro, que considerava que não era “avançado para o Sporting”, e de ter elogiado o “bom nível” de Maniche, apesar dos quilos a mais.
 
“O Sporting deu uma pálida imagem no seu primeiro jogo amigável de pré-temporada – depois de três jogos-treino na Academia à porta fechada –, vencendo pela margem mínima o Young Boys da Suíça, em Bulle, na gala do centenário do clube com o mesmo nome da cidade. O objetivo era, acima de tudo, colocar em prática os ensinamentos das primeiras semanas de trabalho sem esquecer o triunfo final, de forma a implementar os princípios de competitividade e espírito vencedor pretendidos pelo técnico Paulo Sérgio e, em parte, foram conseguidos. A vitória apareceu com um remate acrobático de Saleiro ainda na primeira parte e foi assegurada na segunda com a entrega e capacidade defensiva que disfarçou o défice físico global, ao qual fugiram poucos jogadores, casos dos laterais flanqueadores João Pereira e Evaldo e, sobretudo, de Yannick Djaló”, escreveu o jornal O Jogo.