terça-feira, 19 de novembro de 2024

A minha primeira memória de... um jogo entre Brasil e Uruguai

 
Anfitrião não só desse torneio como do Campeonato do Mundo do ano seguinte, o escrete de Luiz Felipe Scolari teve nessa Taça das Confederações a possibilidade de competir verdadeiramente, uma vez que desde a Copa América 2011 até ao Mundial 2014 que não disputou jogos oficiais. E a verdade é que a canarinha estava a dar boa conta do recado, mesmo sem uma grande geração (para a realidade brasileira…), tendo batido Japão (3-0), México (2-0) e Itália (4-2) na fase de grupos.
 
Por outro lado, a seleção celeste comandada por Óscar Tabárez, semifinalista do Mundial 2010 e vencedora da Copa América 2011, tinha um ataque de sonho composto por Diego Forlán, Edinson Cavani e Luis Suárez, e ainda Diego Godín imperial no centro da defesa e o elástico Fernando Muslera entre os postes.
 
 
Já depois de Júlio César ter defendido um penálti de Forlán aos 13 minutos, a castigar falta de David Luiz sobre Lugano na área canarinha, o Brasil chegou ao golo no final da primeira parte, com Fred a inaugurar o marcador na recarga a uma defesa incompleta de Muslera.
 
No entanto, o Uruguai restabeleceu a igualdade no início do segundo tempo, com Cavani a aproveitar as sobras de um lance confuso na área brasileira para atirar para o fundo das redes.
 
O tempo foi passando e as situações de perigo escasseando. Mas quando já se perspetivava o prolongamento, Paulinho cabeceou para o 2-1 aos 86 minutos, no seguimento de um canto executado por Neymar.
 
Numa crónica redigida para este blogue, escrevi que o Uruguai contrariou o favoritismo brasileiro e “foi dono e senhor do jogo durante quase toda a primeira parte”, jogando no meio-campo contrário e conseguindo “impedir que a canarinha conseguisse ligar o seu jogo”. Contudo, o Brasil conseguiu marcar “numa das poucas vezes que chegou ao último terço durante a primeira parte”. “O segundo tempo foi mais equilibrado, até porque o Uruguai teve de arriscar mais e não foi tão rigoroso do ponto de vista defensivo”, o que se traduziu no golo do empate. “A partir daí o jogo atravessou uma fase menos conseguida, longe das balizas e com pouco discernimento de parte a parte, fazendo-se adivinhar o prolongamento”, mas o golo de Paulinho contrariou essa previsão.
 
Individualmente, do lado do Brasil destaquei a influência ofensiva de Neymar, que esteve nos dois golos do escrete, e a “criatividade” de Bernard, enquanto do lado do Uruguai realcei a “segurança, bom posicionamento e reflexos apurados” de Muslera, as grandes exibições dos centrais Lugano e Godín e a disponibilidade física de Cavani e Suárez para fechar os corredores laterais.







 



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