A minha primeira memória de… um jogo entre Bayern e Schalke

Luiz Gustavo protege a bola de um jogador do Schalke

Sempre conheci o Bayern Munique como o principal clube alemão – ainda que na altura fosse alternando o estatuto de campeão com várias equipas – e o Schalke 04 como um dos seus principais perseguidores, algo que só deixou de acontecer recentemente.

 

Quando ambos os conjuntos se defrontaram em Gelsenkirchen para a Bundesliga em setembro de 2012, os bávaros não eram campeões nacionais há dois anos, ao passo que os azuis tinham algumas jovens promessas no plantel como o central camaronês Joel Matip, o lateral esquerdo com nacionalidade alemã e bósnia Sead Kolasinac, e os médios ofensivos germânicos Lewis Holtby e Julian Draxler. O goleador de serviço era o holandês Klaas-Jan Huntelaar, melhor marcador do campeonato na época anterior, e tinha como treinador o compatriota Huub Stevens.

 

Já o Bayern, orientado por Jupp Heynckes, era mais a seleção alemã: Manuel Neuer, Philipp Lahm, Jérôme Boateng, Holger Badstuber, Bastian Schweinsteiger, Toni Kroos e Thomas Müller. Havia ainda os internacionais brasileiros Dante e Luiz Gustavo, o internacional holandês Arjen Robben, o internacional croata Mario Mandzukic e o internacional francês Franck Ribéry, que falhou este encontro.

 

O conjunto de Munique sentiu algumas dificuldades para impor o seu jogo durante a primeira parte, especialmente devido à vigilância apertada ao construtor Toni Kroos, mas verdade seja dita que o Schalke também via a vida complicada para fazer a bola chegar perto da área adversária, embora conseguisse superiorizar-se no final do primeiro tempo.

 

Após o segundo tempo, o Bayern conseguiu acertar o passo e construiu a vitória ainda antes da hora de jogo. Kroos abriu o ativo aos 55 minutos, após combinação com Müller, que fez o 0-2 aos 58’ após ter feito o que quis de Fuchs. O Schalke nunca conseguiu reagir a estes três minutos diabólicos.

 

Numa crónica redigida para este blogue, frisei que a “primeira parte não foi muito boa em termos técnicos”, com “passes falhados” e escassas ocasiões de golo, com ambos os conjuntos a mostrarem-se muito pressionantes no capítulo defensivo. No segundo tempo os então “vice-campeões europeus entraram fortíssimos e em poucos minutos decidiram o jogo, com dois golos”.

 

Individualmente, do lado do Schalke destaquei as “belas intervenções” de Lars Unnerstall, o omnipresente Jermaine Jones, o “organizador” e “inteligente” Lewis Holtby, o “veloz mas algo lento a decidir” Jefferson Farfán e o “talentoso” Julian Draxler.

 

Em relação ao Bayern, elogiei a “dupla sólida” composta por Boateng e Dante, o equilíbrio dado por Luiz Gustavo, o “perigo à solta” sempre que se soltou da pressão Toni Kroos e o “móvel” Mandzukic.

 

Este triunfo permitiu ao Bayern permanecer na liderança do campeonato alemão, com 12 pontos em quatro jornadas, enquanto o Schalke ficou no grupo dos terceiros classificados, juntamente com Hannover, Borussia Dortmund e Nuremberga, todos com sete pontos.