sábado, 3 de agosto de 2019

Os 10 clássicos mais marcantes entre Corinthians e Palmeiras

Palmeiras e Corinthians são rivais há mais de um século
Corinthians e Palmeiras protagonizam aquele que é considerado o clássico com mais tradição e de maior rivalidade na cidade de São Paulo, tendo sido batizado de O Derby. Rivais desde que se defrontaram pela primeira vez, a 6 de maio de 1917, representam muito mais de clubes de futebol. O Corinthians sempre foi associado às camadas mais populares da sociedade paulista, enquanto o Palmeiras, que até 1942 era denominado de Palestra Itália, representava a imensa comunidade italiana de São Paulo.


Apesar de em São Paulo existirem outros clubes grandes, como o Santos e o São Paulo, um estudo da Datafolha concluiu em 2010 que a maioria dos corintianos considera o Palmeiras o maior rival e vice-versa.

Ao longo de mais de um século, timão e verdão já se defrontaram em finais de campeonatos estaduais, regionais e nacionais e já lutaram entre eles por uma vaga na final da Libertadores. Veja aqui a nossa seleção dos dez melhores, por ordem cronológica.


6 de maio de 1917 – Campeonato Paulista (3.ª jornada)
A história centenária de duelos entre Palmeiras e Corinthians começou de forma bem bonita, com os dois clubes a unirem forças para que fosse realizado um Campeonato Paulista em que todos se revessem. Isto porque o torneio inicialmente era organizado pela Liga Paulista de Foot-Ball (LPF), que foi rejeitando a participação de clubes que não representassem a elite do estado de São Paulo e decidindo a seu bel-prazer quais os estádios que poderiam receber as partidas.
Então, a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) organizou um campeonato paralelo com um regulamento mais inclusivo, entre 1913 e 1916, e que contou com a participação do Palestra Itália, como era designado o Palmeiras.
Porém, a cisão acabou em 1917, com a unificação dos dois torneios e o encerramento das atividades da LPF. Assim sendo, o Corinthians, campeão invicto no ano anterior na prova da LPF, defrontou pela primeira vez o Palestra Itália a 6 de maio. O primeiro dérbi da história teve como herói o avançado Caetano, filho de emigrantes italianos e que cinco dias antes de completar 20 anos apontou um hat trick, com os três golos a serem marcados na segunda parte.

Caetano foi o heró do primeiro dérbi paulista


17 de março de 1918 – Jogo particular
O terceiro dérbi da história. Depois de duas vitórias nos dois primeiros jogos, os jogadores do Palestra Itália passaram em frente a um restaurante no centro da cidade onde os atletas do Corinthians almoçavam horas antes do clássico quando atiraram um osso de boi que estilhaçou um vidro e vinha com um bilhete: “O Corinthians é canja para o Palestra”.
Relativamente ao jogo, o Palestra esteve por duas vezes em vantagem, mas permitiu um empate a três golos. No final, os jogadores do Corinthians retorquiram, com outra mensagem no osso: “Esse osso era para a canja. Mas não cozinhou por ser duro demais.” Desde então que o timão guarda o osso na sua sala de troféus.

Osso de 1918 guardado na sala de troféus do Corinthians


25 de dezembro de 1921 – Campeonato Paulista (Última jornada)
Corinthians, Palestra Itália e Paulistano chegaram às últimas jornadas a disputar os primeiros lugares. Na derradeira ronda, porém, apenas o timão e o Paulistano tinham a hipótese de conquistar o título. O Paulistano venceu o Sírio por 3-2 e assumiu provisoriamente a liderança, mas o Corinthians seria campeão em caso de vitória no Parque Antárctica, casa do verdão.
Em pleno dia de Natal, o Palestra Itália bateu o rival por 3-0 e deu o título ao Paulistano, naquele que foi considerado um dos pontos altos da rivalidade. Antes, corria o rumor de que o Palestra Itália pudesse facilitar a vida ao rival, uma vez que o Paulistano era o principal rival na altura.

Vida Esportiva relata vitória do Palestra Itália que deu título ao Paulistano


5 de novembro de 1933 – Segunda volta do Campeonato Paulista e do Torneio Rio-São Paulo
A maior goleada da história do clássico, em partida disputada no Estádio Palestra Itália, válida simultaneamente para o Campeonato Paulista e para o Torneio Rio-São Paulo. Quatro golos de Romeu Pellicciari, um de Gabardo e três de Imparato deram a vitória ao emblema alviverde e a maior derrota sofrida pelo Corinthians em toda a sua história. O impacto do desaire foi tão grande que o presidente corintiano Alfredo Schürig e a restante direção renunciaram aos cargos, na sequência de uma invasão de adeptos à sede do clube.



25 de abril 1971 –Campeonato Paulista (11.ª jornada)
Considerado um dos melhores jogos da história do clássico. O Corinthians atravessava uma má fase e foi para intervalo a perder por 0-2 no Morumbi, com dois golos de César Maluco, perante um Palmeiras recheado de estrelas como Emerson Leão, Luís Pereira e Ademir da Guia.
No entanto, a segunda parte foi bem diferente. Com golos de Mirandinha e Adãozinho, o timão chegou ao empate aos 69 minutos. O Palmeiras desempatou um minuto depois, por Leivinha, mas Tião restabeleceu a igualdade aos 72’ e Mirandinha marcou o golo da vitória corintiana aos 88’.



1 de agosto de 1982 – Primeira volta do Campeonato Paulista
No auge da Democracia Corinthiana, quando o sociólogo Adilson Monteiro Alves assumiu a pasta de diretor do futebol e instituiu um sistema de autogestão em que jogadores, funcionários, equipa técnica e dirigentes tomavam decisões com base em votações, o Corinthians aplicou a sua maior goleada sobre o Palmeiras.
Logo num dos primeiros jogos do Campeonato Paulista, o timão venceu por 5-1, com hat trick do então novato Casagrande, um de Sócrates de penálti e outro de Biro-Biro. Um momento importante na caminhada para o título estadual desse ano.



12 de junho de 1993 – Finalíssima do Campeonato Paulista
Há 17 anos sem conquistar o título, o Palmeiras, comandado por Vanderlei Luxemburgo, não só encerrou o jejum como o fez em grande estilo, goleando o rival Corinthians na final por 4-0. Após derrota no primeiro jogo por 0-1, no Morumbi, o verdão necessitava de vencer o segundo encontro para levar a decisão para o prolongamento. E assim foi. Zinho, Evair e Edílson colocaram o Palmeiras a vencer por 3-0 ao cabo dos 90 minutos. Depois, Evair marcou de penálti o golo que deu o título ao conjunto alviverde.



12 de maio de 1999 – Quartos de final da Libertadores (segunda-mão)
Corinthians 2-0 Palmeiras (2-4 nas grandes penalidades)
Ambas as partidas foram realizadas no Morumbi, mas para efeitos de regulamento a primeira foi em casa do Palmeiras, que venceu por 2-0, com golos de Oséas e Rogério e grande exibição do guarda-redes Marcos, que a partir de então foi apelidado de São Marcos pelos adeptos.
No segundo jogo, o Corinthians devolveu o favor e venceu por 2-0, com golos de Edílson e Ricardinho. O empate na eliminatória levou a decisão para as grandes penalidades. Os corintianos Dinei e Vampeta desperdiçaram penáltis, o primeiro ao acertar na trave e o segundo a permitir a defesa de Marcos. Do lado do verdão, Arce, Evair, Rogério e Zinho converteram em golo e garantiram o triunfo por 4-2 após um autêntico carrossel de emoções.



6 de junho de 2000 – Meias-finais da Libertadores (segunda-mão)
Palmeiras 3-2 Corinthians (5-4 nas grandes penalidades)
Um ano depois, os dois rivais voltaram a encontrar-se na Libertadores e a decidir a eliminatória apenas nas grandes penalidades após dois duelos no Morumbi, mas desta vez nas meias-finais. E com dois ingredientes extra: o Palmeiras era o detentor do troféu e o Corinthians tinha acabado de vencer o primeiro Mundial de Clubes da FIFA.
Na primeira-mão, o timão jogou na condição de visitado e venceu por 4-3, depois de ter estado a ganhar por 3-1 e permitido a igualdade já nos derradeiros dez minutos. No segundo jogo, Euller deu vantagem ao verdão, mas Luizão bisou e deu vantagem ao timão. Por essa altura tudo apontava para que fosse o Corinthians a seguir para a final, porém, Alex e Galeano marcaram para o Palmeiras e colocaram o resultado em 3-2, atirando a decisão para os penáltis.
Depois de quatro grandes penalidades para cada lado, o resultado era de 4-4. No entanto, o palmeirense Júnior transformou em golo e o corintiano Marcelinho Carioca permitiu a defesa de Marcos, mais uma vez decisivo.



5 de novembro de 2017 – Brasileirão (32.ª jornada)
À entrada para a 32.ª de 38 jornadas, o Corinthians liderava o campeonato com cinco pontos de vantagem sobre o principal perseguidor, precisamente o rival Palmeiras. O jogo era, por isso, decisivo para as contas do título, e logo no ano do centenário do derby paulista.
Embalado pela liderança na prova e pelas duas vitórias nos primeiros encontros do ano diante do emblema alviverde, no Campeonato Paulista e na primeira volta do Brasileirão, o timão fez o pleno e venceu por 3-2. Romero e Balbuena marcaram dois golos de rajada que colocaram o Corinthians em vantagem, Yerry Mina reduziu para o Palmeiras pouco depois, mas logo a seguir Jô fez o terceiro para o time alvinegro. No segundo tempo, o palmeirense Moisés estabeleceu o resultado final, insuficiente para relançar a luta pelo título.
























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