Dedé ajudou o Cruzeiro a conquistar duas Copas do Brasil |
Depois de terem
integrado convocatórias da seleção brasileira depois do Mundial 2018 e apesar
do bom momento que atravessam e do grande entendimento que têm revelado, os
centrais portistas Felipe e Éder Militão não foram chamados por Tite para os
jogos de 16 e 20 de novembro em Londres, diante de Uruguai e Camarões. Em detrimento
deles, o responsável pelo escrete vai
levar aquele que é o único elemento da lista a atuar no Brasileirão, Dedé,
central de 30 anos do Cruzeiro.
A
chamada de um trintão sem qualquer experiência no futebol europeu e que já não
era convocado há cinco anos pode causar estranheza na Europa, mas quem
acompanha o futebol sul-americano sabe que o zagueiro dos mineiros tem estado a atravessar um período de grande
regularidade e qualidade exibicional.
Típico
centralão, de 1,92 m, domina todas as vertentes do momento defensivo. Autêntica parede, é um autêntico imperador nas
alturas, uma unidade fundamental no jogo aéreo defensivo e ofensivo do azulão. No entanto, o que marca a
diferença entre ele e os outros centrais de elevada estatura é a rapidez com
que lê o jogo e a agressividade que coloca, que o fazem ganhar quase todos os lances na antecipação. Bem
posicionado, reage muito rapidamente às situações que lhe são colocadas, sejam cruzamentos,
bolas nas costas, duelos ou movimentos do atacante que está a marcar. Naquilo
que é fundamental num defesa, que é precisamente defender, exibe muitos poucos
pontos fracos.
Aquele
que será o seu ponto menos forte está relacionado com o aspeto ofensivo. Não
que Dedé tenha duas tábuas em vez de dois pés, mas não revela grande apetência
para construir. Arrisca pouco no passe vertical, preferindo não inventar e
recorrer ao chutão para a frente, despachando a bola de qualquer maneira. Nisso
é inferior à dupla portista.
Quem
gosta muito dele é Jorge
Jesus, que o tentou levar várias vezes para o Benfica depois da saída de
David Luiz para o Chelsea, quando Dedé ainda estava no Vasco da Gama. Também
esteve na mira do FC Porto no final de 2012, mas os seus interessados não se
esgotaram no futebol português. Manchester City, Juventus, Real Madrid,
Manchester United, Inter, Barcelona, AC Milan e PSG também o tiveram debaixo de
olho. No entanto, preferiu ficar no Brasil, junto da família, transferindo-se
para o Cruzeiro em abril de 2013 por cinco milhões de euros.
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