Renato Fernandes é uma das
novidades entre os treinadores da I Distrital. O técnico de 28 anos, o mais
jovem da competição, chega ao leme do Charneca de Caparica depois de uma longa
travessia no clube enquanto jogador nos escalões de formação, treinador nas
camadas jovens e adjunto da equipa sénior.
“Estive em todos os escalões de
formação, exceto o futebol 7, e nos seniores. Surgiu esta oportunidade de ser
treinador principal dos seniores, também pela estrutura do clube e porque
grande parte do plantel se mantém. Vamos tentar fazer uma época dentro daquilo
que são os objetivos do clube”, começou por contar a O Blog do David o novo timoneiro dos canários, que terminaram as
últimas três temporadas na primeira metade da tabela.
Habituado a treinar crianças e
adolescentes ou a trabalhar na sombra de um treinador principal nos seniores,
como aconteceu na época passada com José Manuel – atual adjunto da equipa
principal do Cova da Piedade -, o benjamim dos bancos da I Distrital considera “perfeitamente
normal” orientar jogadores mais velhos do que ele. “Não temos uma relação
hierárquica em que eu mando e eles obedecem. Não faria sentido. No início da
época ficou bem claro que o nosso modelo de jogo e de treino seria sempre
repartido. Encaramos isto como um compromisso, como um pacto”, explicou.
“Não tenho disponibilidade para casos de indisciplina”
Mesmo sem acreditar que a sua
autoridade possa ser posta em causa, o jovem técnico já sabe como reagir se ocorrerem
atos de indisciplina. “Logo no primeiro dia manifestei que não tenho muita
disponibilidade para casos de indisciplina. Haverá sempre uma linha que não
poderá ser ultrapassada, que é a linha entre treinador e jogador, e se essa
linha for ultrapassada, serei muito radical, porque neste momento o Charneca é
uma equipa que tem um conjunto de soluções. Caso houvesse algum problema, a
única resolução seria a saída. Os jogadores percebem qual é o lugar deles e
qual é o meu, eu também, e o que tentamos é trabalhar juntos para conseguir os
objetivos. Dificilmente terei algum problema de autoridade no balneário”,
revelou, seguro de si.
Charneca de Caparica quer ficar na primeira metade da tabela classificativa |
Sobre a Taça, na memória ainda
está a presença de há dois anos na final, algo “difícil de voltar a acontecer”.
“Implica um contexto muito específico de eliminatórias e adversários até à
final, mas nunca se sabe. Calhámos num grupo complicado, só com equipas de I
Distrital”, considerou, aludindo à concorrência de Fabril, Moitense, Sesimbra e
U. Santiago.
Ao cabo dos dois primeiros jogos, a formação do concelho de Almada soma um empate caseiro com o Sesimbra (2-2) e uma derrota tangencial no terreno do Fabril (1-2). Este domingo, o Charneca recebe o Moitense, num duelo entre equipas que somam apenas um ponto.
Ao cabo dos dois primeiros jogos, a formação do concelho de Almada soma um empate caseiro com o Sesimbra (2-2) e uma derrota tangencial no terreno do Fabril (1-2). Este domingo, o Charneca recebe o Moitense, num duelo entre equipas que somam apenas um ponto.
Núcleo duro mantém-se, mas a assimilação das ideias ainda “está a 30 ou 40%”
“A principal novidade do plantel
é que conseguimos manter grande parte do plantel. Fizemos algumas aquisições
que podem ser mais-valias, que vieram substituir jogadores que não se
mantiveram. Não queria estar a individualizar, mas jogadores como o Fábio
Santos e Penha (ambos ex-Amora) vêm acrescentar alguma qualidade”, contou
Renato Fernandes, quando questionado acerca da composição do plantel.
Apesar da permanência do núcleo
duro, “a assimilação das ideias está ainda a 30 ou 40 por cento”. “E não podia
ser mais do que isto, pois temos cerca de 30 treinos, mas estou muito
satisfeito”, vincou, bastante prestável.
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