Merlin Tandjigora, a formiguinha do Restelo

Tandjigora é um médio todo-o-terreno

Num Belenenses (ainda) sem um fio de jogo esclarecido (e muito menos atrativo), os principais destaques deste início de temporada vão para as individualidades: os reflexos de Muriel, o drible de Diogo Viana, a qualidade de execução de Filipe Chaby e, saliento este, a pedalada Merlin Tandjigora.

Companheiro de Aubameyang na seleção do Gabão, este médio todo-o-terreno de 27 anos é uma autêntica formiguinha, dotado de um enorme pulmão para fazer piscinas ao longo de 90 minutos nos relvados portugueses. É inegável que é um jogador mais de trabalho do que de talento, mas já é o motor do meio-campo da equipa de Domingos Paciência.

Reforço para a nova temporada, com contrato até 2019, é uma espécie de N’Golo Kanté dos pobres. Muito agressivo – não confundir com violento –, é muito forte nos duelos e tem alguma qualidade no transporte de bola e no passe.

Depois de várias temporadas nas divisões secundárias francesas, com uma passagem de meia época pelo Leixões em 2015/16, estava no futebol chinês quando os azuis do Restelo o foram recrutar. Promete ser uma das principais revelações desta edição da I Liga.