Obrigado a vender jogadores num
valor total de €100 milhões, para cumprir o Fair
Play Financeiro imposto pela UEFA, o FC Porto tem em Danilo Pereira um dos
principais ativos e um dos mais prováveis futebolistas a deixar o Dragão
durante o verão.
O internacional português de 25
anos foi imprescindível para Julen Lopetegui, José Peseiro e Nuno Espírito
Santo, fazendo esquecer Casemiro – o tal que hoje é titular no Real Madrid – e
Fernando – que ocupou a posição de médio mais recuado dos dragões durante seis
anos. A sucessão do antigo centrocampista não será fácil, mas os portistas têm
nos seus quadros um ‘6’ em ascensão no futebol português.
Mikel Agu está na Invicta desde
2009/10, na altura para integrar os juvenis, tendo posteriormente evoluído nos
juniores e nos bês, ainda que tivesse sido ocasionalmente chamado ao plantel
principal por Vítor Pereira, Paulo Fonseca, Luís Castro e Lopetegui.
Sob a orientação do treinador
espanhol, integrou a pré-época em 2014/15, mas lesionou-se com gravidade logo
no primeiro treino, com fratura na tíbia esquerda, e só voltou dez meses mais
tarde. A vaga destinada para o nigeriano acabou por ser ocupada surpreendentemente
por um então médio dos juvenis, um tal… Rúben Neves.
Mikel recuperou do problema
físico, mas demorou a readquirir ritmo e confiança. Após ter estado parado
durante uma temporada devido à lesão, esteve uma época praticamente sem jogar
no Club Brugge – emblema belga ao qual esteve emprestado -, apesar de ter sido
campeão, por opção técnica do antigo guarda-redes benfiquista Michel
Preud’homme.
A necessitar urgentemente de
atuar, o africano foi cedido ao Vitória de Setúbal logo no inicio da época que
agora findou. Ainda algo preso de movimentos, receoso e sem confiança, começou por
ser suplente de Fábio Pacheco, mas logo à 2.ª jornada conquistou a titularidade
para, praticamente, não mais a perder.
Com o decorrer do campeonato,
mostrou porque nele o Porto viu qualidades. Possante (1,84 m) e combativo para
segurar o meio-campo, mesmo com um jeito meio desengonçado foi exibindo o bom
posicionamento, a agilidade, a capacidade de desarmar de forma limpa – viu
apenas seis amarelos na I Liga – e qualidade de saída de bola que oferece. É
daqueles trincos modernos, como as grandes equipas gostam, que destroem, mas
também constroem.
À beira-Sado, sob o comando de
José Couceiro, somou 34 jogos (31 a titular) e 2760 minutos em todas as
competições. Já fluente no português, recebeu quatro citações de melhor em
campo por parte do jornal O Setubalense,
entre as quais na triunfante receção ao Benfica (1-0) – no dia em que foi pai -,
e foi chamado pela primeira vez à Seleção principal da Nigéria. Com 24 anos, é
para ter em conta no plantel azul e branco em 2017/18.
Zé Manuel sem chama
Por outro lado, o outro jogador
cedido pelo FC Porto ao Vitória, Zé Manuel, não confirmou as boas indicações
dadas em representação do Boavista, na temporada anterior. Esperava-se muito
mais do atacante de 26 anos, que apenas foi titular em 15 dos 34 encontros em
que atuou, tendo apontado somente três golos.
Sem grande surpresa, deverá ser
cedido temporariamente ou até transferido a título definitivo pela SAD
portista.
Fez uma grande época no Vitória de Setúbal, tem futuro o rapaz.
ResponderEliminarUm abraço.
Autografos Futebol
Um dos melhores trincos que o Vitória teve nos últimos anos, a par do Dembelé que jogou na equipa que ganhou a Supertaça Ibérica ao Bétis de Sevilha (2005/06).
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