28 de maio de 2016: Gareth Bale,
como uma das principais estrelas do colosso Real Madrid, ajuda o clube a
conquistar a sua 11.ª Liga dos Campeões ao fazer uma assistência e ao converter
uma grande penalidade no desempate por penalties.
11 de
junho de 2016: Cerca de duas semanas depois, o mesmo Bale estava ao lado de
desconhecidos dos grandes ecrãs do futebol, alguns a jogar em divisões
secundárias de Inglaterra, para a estreia triunfante do País de Gales em
Campeonatos da Europa.
É, sem
dúvida, a estrela galesa. Mas não é vedeta. Podia demitir-se de tarefas
defensivas. Podia exigir a braçadeira de capitão. Podia ter uma atitude
presunçosa. Podia chatear-se com os colegas se estes não lhe passassem a bola.
Mas não é isso que se vê.
A
última imagem do País de Gales-Irlanda do Norte diz tudo: Bale alivia uma bola
de cabeça, na sua área, precisamente instantes antes do último apito. Apesar do
estatuto, veste o fato de macaco e é o primeiro a defender, mordendo os
calcanhares dos defesas como se fosse um miúdo de 18 anos a querer agarrar o
lugar. Sem sinais de descontentamento, deixa a capitania a cargo de Ashley
Williams. Procura dar soluções aos colegas. Conforta-os quando eles falham.
Festeja em grupo. Até executa lançamentos. E se marca os livres diretos, não é
por imposição. É porque os colegas lhe reconhecem um talento superior. Se à
partida poderíamos esperar “Bale e mais dez” dos britânicos, temos visto “Bale
como os outros dez”.
O
antigo craque do Tottenham tem sido um dos melhores do Euro-2016 no que
concerne ao desempenho desportivo, mas tem brilhado e feito brilhar os
companheiros em muito devido ao seu caráter.
Belo texto, e não podia concordar mais! O Bale é um exemplo em dedicação e dá gosto ver como ele procura o jogo, em vez de esperar que ele chegue aos seus pés.
ResponderEliminarSeria interessante ver um confronto Bale - Ronaldo nas meias finais, caso Gales ultrapassasse a Bélgica (e Portugal a Polónia, claro), mas infelizmente parece-me que não irá acontecer.