segunda-feira, 11 de abril de 2016

Respira-se um novo ar na WWE

Kevin Steen vs. AJ Styles era inimaginavel na WWE
Há cerca de meio ano, escrevi um artigo [que pode ser lido clicando aqui] onde dava conta da minha insatisfação com o que via na WWE, pela incapacidade dos seus intérpretes em me prenderem ao ecrã. Seis meses depois, apesar da atenuante de estarmos ainda no rescaldo da Wrestlemania, a minha opinião mudou.

E mudou muito à custa de a própria Wrestlemania ter estado uns degraus acima das anteriores. O público vibrou com cada combate e segmento, e mostrou toda a sua alegria no Monday Night Raw seguinte, onde fãs de todas as idades mostraram o seu entusiasmo pelo momento da promotora.


É verdade que não aceitaram lá muito bem a conquista do WWE World Heavyweight Championship por parte de Roman Reigns, mas pelo menos não ficam indiferentes ao homem. Pessoalmente, nem desgosto dele. Entre os big man que têm tido as suas oportunidades, o ex-Shield até é dos que interpreta melhor o seu papel. Mas, claro está, os fãs mais adultos nem apreciam muito os big man, nem prezam muito wrestlers com bookings a fazer lembrar John Cena.

Grandes wrestlers nos maiores palcos

Fora isso, é de enaltecer tudo o resto. Aquele main-event do Monday Night Raw era inimaginável há escassos anos: um dos melhores do wrestling mainstream, Chris Jericho, a discutir a posição de candidato principal com a lenda da TNA, AJ Styles, e dois made in ROH, Kevin Steen e Claudio Castagnoli.  Ou porque já ninguém se refere a eles com esses nomes, Kevin Owens e Cesaro.

Mas há outros wrestlers que nos habituámos a admirar noutras companhias e a sonhar com eles na WWE que finalmente cederam e pisam agora os maiores palcos. El Generico (Sami Zayn), Samoa Joe e Austin Aries são apenas alguns exemplos de estrelas que já deram vários combates do outro mundo e que, na empresa dos McMahons, não se importaram de entrar pela porta do NXT. E pelos vistos, Bobby Roode é o senhor que se segue.

Mas também há lutadores made in WWE que, mesmo não tendo ainda conquistado qualquer título mundial, vão aparecendo com naturalidade em algumas das mais importantes storylines. São os casos de Dean Ambrose e Bray Wyatt, que sem pressa alguma se vão consolidando como peças fulcrais mesmo sem os principais holofotes virados para eles. Há uns anos atrás, já teriam sido campeões mundiais pelo menos por uma vez sem terem provado tanto.
É difícil não gostar do trabalho dos The New Day

E quando digo isto, lembro-me de Sheamus, Alberto del Rio ou Jack Swagger, que de aparentes certezas de ouro à cintura passaram a promessas adiadas e hoje estão um pouco perdidos.

The New Day como grande atração

Um pouco perdidos estavam Kofi Kingston e Big E, para não falar de um Xavier Woods que raramente aparecia em televisão. Mesmo depois de terem estado no roster durante vários anos a solo, já nem consigo olhar para eles individualmente, uma vez que em conjunto apresentam-se renovadíssimos nos The New Day.

A fazer lembrar aquelas tag teams/stables cómicas/exóticas dos anos 90, este grupo é um dos principais responsáveis pelo momento animado que a WWE atravessa. Conseguiram criar uma grande empatia com os fãs e são divertidos, algo que individualmente provavelmente não iriam alcançar. E além de toda a palhaçada, é com naturalidade que são campeões e vencem os mais titulados wrestlers dos League Of Nations.

Divisão feminina promete

Para finalizar, não há como fugir ao que se vê na divisão feminina. Charlotte começa a acertar o passo, e Sasha Banks e Becky Lynch só vêm acrescentar qualidade. E prontas a aparecer ainda estão Bayley e Asuka. Isto promete e não me admirava nada de, já no Extreme Rules, termos um Ladder match ou um Steel Cage match pelo título feminino. É um feeling!






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