quarta-feira, 1 de julho de 2015

TNA | Slammiversary XIII

Jarrett regressa para voltar a ser o rei da montanha



Data: 28 de junho de 2015
Arena: Impact Zone
Localidade: Orlando, Flórida


TNA X Division Championship: Tigre Uno (c) vs. Manik vs. DJ Z (Three-way Elimination match)
Combate ao estilo da X Division, embora não façam esquecer os velhos tempos, que tal como os comentadores bem disseram, colocaram a TNA no mapa.
Vi muita agilidade, muito atletismo, muita velocidade, mas a contenda em si não me prendeu a atenção. Mais pareceu uma complicação de pequenos spots. Wrestling é trama, não é nada disto. Não gostei.
Vencedor: Tigre Uno
Nota: 4/10


Jessie Godderz vs. Robbie E
Até fiquei com entusiasmado com o início do combate. Jessie Godderz fez uma prova para criar heat, acabou por colocar o público do lado de Robbie E e quando este entrou em cena, entrou com tudo. Wrestling é isto: contar uma história, ter os fãs do lado de um dos wrestlers e contra o outro. Convém haver também alguma qualidade técnica, mas quando se trata de TNA, já se sabe que não se pode ter tudo.
No Impact Zone é comum ter o público a fazer muito barulho. O que não é tão comum é tê-lo em peso a gritar por um wrestler. Funcionou com Robbie E. Quem diria? Depois, com ou outro golpe com mau aspeto pelo meio, tentaram canalizar a atenção do público nos períodos de domínio de Jessie, nos hope spots, no comeback, no slugh fest
E quando eu estava minimamente agradado com o que via, o combate termina via Inverted DDT. Só isto?
Vencedor: Robbie E
Nota: 5,5/10


Bram vs. Matt Morgan (Street Fight)
Mais um combate e mais uma promo antes do mesmo começar. Isto faz-me lembrar os eventos da… APW.
Incrível como os anos passam e os comentadores da TNA continuam a vender Matt Morgan como a next big thing, o grande big man que vai partir tudo quando tiver oportunidade. Consigo lembrar-me de comentários idênticos em 2008 ou 2009.
Quanto ao duelo em si: não gostei. Nem da estipulação tiraram grande partido.
Vencedor: Bram
Nota: 3,5/10


Davey Richards vs. Austin Aries
Olhando para o cartaz, era este o combate pelo qual mais ansiava.
Ao nível da qualidade técnica e saber estar no ringue, nem há comparação possível. Estamos a falar de dois talentos muito acima da média, de top mundial.
Grande contenda, com grande intensidade. Mas no main-event e com mais tempo de antena, conseguiriam certamente um espetáculo muito melhor.
Vencedor: Austin Aries
Nota: 7,5/10


The Dollhouse (Taryn Terrell, Jade e Marti Bell) vs. Awesome Kong e Brooke (3 vs. 2 Handicap match)
Outra promo a anteceder um combate? Há assim tanta necessidade de colocar toda a gente over à última da hora?
Combate sem o mínimo de interesse. Praticamente um squash match, com mais histeria do que história.
Vencedoras: Awesome Kong e Brooke
Nota: 3/10


James Storm vs. Magnus (Anything goes unsanctioned match)
Combate bem ao estilo de James Storm, onde ambos aproveitaram para ir para mais perto dos fãs e protagonizar lá uma rixa e um ou outro spot.
A luta prosseguiu no backstage e voltou ao ringue, onde Magnus plantou Storm numa mesa com um Powerbomb. O Cowboy retribuiu o favor, apenas precisando de se desviar de um Diving Elbow que Magnus se preparava para aplicar, desde a corda superior até uma mesa que estava fora do ringue.
Julgava eu que um unsanctioned match só terminaria quando o árbitro declarasse um dos wrestlers como KO, afinal metia pin falls ao barulho. Sensivelmente uma hora antes realizou-se na mesma arena, no mesmo evento e sob a égide da mesma promotora um combate denominado Street Fight em que as regras eram as mesmas…
Houve, por isso, uma série de near falls daquelas bem ao estilo do overbooking da TNA, no qual praticamente é necessário matarem-se um ao outro para terminar o combate. Assim foi, com Storm a partir uma garrafa de vidro na cabeça de Magnus.
Vencedor: James Storm
Nota: 7/10


Lashley e Mr. Anderson vs. Ethan Carter III & Tyrus
Combate que envolveu quatro lutadores que têm em comum a passagem pela WWE, promotora onde todos não passaram de promessas.
Combate confuso quanto ao seu fio condutor. Faltaram hot tags, faltou jogo emocional com os fãs e a dada altura parecia que ninguém sabia o que fazer.
Vencedores: Ethan Carter III & Tyrus
Nota: 4,5/10


TNA King of the Mountain Championship: Jeff Jarrett vs. Matt Hardy vs. Eric Young vs. Drew Galloway vs. Bobby Roode (King of the Mountain match)
Estes cincos no main-event de um PPV em junho de 2015. Mas que raio de promotora é esta?
Bem, não posso só criticar. Devo dizer que, ao contrário de muitos fãs de pro wrestling, até sou adepto do combate King of the Mountain. Gosto do conceito de um combate de escadote invertido no qual, para chegar à vitória, é necessário primeiro aplicar pelo menos um pin fall. E quem o sofre, por sua vez, fica afastado da decisão durante dois minutos. Deu, por isso, para matar saudades.
Bobby Roode foi o primeiro a ficar elegível, conseguindo bater o regressado Jarrett. Seguiu-se Eric Young, também às custas de Jarrett. Mais tarde mas ao mesmo tempo, Galloway e Hardy também alcançaram o bilhete para estar na decisão final.
Mais dificuldades sentiu Jarrett, que viu a possibilidade de conseguir um assentamento passar-lhe ao lado por várias vezes. Finalmente o conseguiu, depois de uma guitarrada na cabeça de Roode.
Depois de alguns momentos de trapalhice, Eric Young aplicou um Piledriver em Jarrett num escadote que estava montado entre o ringue e a barreira de segurança, num dos spots do combate. Pouco tempo depois de os fãs terem parado de gritar holy shit, Drew Galloway mergulhou de cima da penalty box para cima dos adversários. O escocês parecia lançado, mas Hardy aplicou-lhe um Twist of Fate do topo do escadote.
Depois de tanta carnificina, lá apareceu Jeff Jarrett a aplicar o Stroke em Young do topo do escadote e a subir até lá acima com o cinto na mão, prendendo-o e alcançado a vitória.
Esquecendo um pouco o vencedor (sobre o qual os holofotes já se centravam antes de se saber o resultado), devo dizer que gostei.
Vencedor: Jeff Jarrett (novo campeão)
Nota: 8/10



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