segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O leão mais difícil de render


Muito se tem falado sobre a possível saída de Slimani. O Trabzonspor, numa primeira instância, e o Leicester City, num segundo momento, foram noticiados como os principais interessados no concurso do ponta de lança leonino.

Caso se confirme a transferência, seja para onde for, o Sporting pode perder o seu talismã da segunda volta do campeonato. Mais do que um pinheiro na frente de ataque, é um avançado que dá luta aos centrais, com qualidade no jogo aéreo, capaz de resolver jogos por quando as exibições coletivas deixam a desejar.

Ter qualidade no jogo aéreo não é sinónimo de ter 190 cm. É ter a capacidade de colocar a bola fora do alcance do guarda-redes, de ter rodar o pescoço, de dar potência a um cruzamento pouco tenso, de se antecipar aos opositores e sobretudo, ser eficaz. Superslim, como é carinhosamente tratado pelos adeptos leoninos, tem tudo isso. Não se pode comparar a Purovic, Janko, Delibasic ou outros pontas de lanças que passaram pelo português, que apenas exibiram centímetros, mas deixavam a desejar em qualidade.

Também tem uma frieza assinalável, que garante golos, tanto a FC Porto e Benfica, como a uma equipa que luta para não descer.

Olhando para o plantel leonino, é complicado encontrar alguém tão difícil de substituir. Rui Patrício, mesmo tendo salvado tantas e tantas vezes o conjunto de Alvalade, não deixa de exibir fraquezas. Cédric é banal. Maurício e Rojo têm as suas fragilidades, embora disfarçadas pela consistência do coletivo. Jefferson é dos melhores laterais em Portugal mas não é nenhum Roberto Carlos. William Carvalho tem todo o potencial do mundo mas ainda necessita de amadurecer. O patrão Adrien ainda há duas temporadas era assobiado em Alvalade. André Martins é irregular, e Carlos Mané, Carrillo e Capel têm desempenhos intermitentes. Montero dá outro tipo de opções à frente de ataque, mas sem marcar, pode sentar-se no banco.


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